Suspeito de ordenar morte de Marielle Franco é preso na Paraíba

A relação do miliciano com a morte da vereadora teria sido revelada pela viúva de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope e acusado de chefiar uma milícia

Atualizada as 22h30min

Um homem suspeito de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi preso nesta quarta-feira, 28, pela Polícia Civil da Paraíba. Segundo a Agência Brasil, o detido é Almir Rogério Gomes da Silva, chefe da milícia da Gardênia Azul e do Morro do Tiro, no Rio de Janeiro. Almir foi preso por agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) no município de Queimadas, distante cerca de 140 km de João Pessoa.

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No momento da captura, o suspeito estava na companhia de outro homem, que também foi detido. Segundo a polícia paraibana, a relação de Almir com a morte de Marielle teria sido revelada por Julia Lotufo. A mulher é viúva do ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, que foi acusado de chefiar uma milícia. Adriano foi morto em uma troca de tiros com a polícia na zona rural do município de Esplanada, na Bahia. O grupo miliciano ao qual Almir pertenceria foi citado por Julia, ao falar sobre quem teria matado Marielle.

Segundo investigação da Draco, Almir seria membro de uma milícia carioca e já havia cometido outra execução, registrada em 12 de outubro de 2018, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, ele e outros três criminosos teriam assassinado uma pessoa que, durante uma festa, brigou com a esposa em público. O confronto não teria agradado aos milicianos.

"Ele já foi denunciado pelo Ministério Público do RJ, que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018”, detalhou, em nota, a Policia Civil da Paraíba.

De acordo com o delegado Diego Beltrão, da Draco, as investigações descobriram que Almir cometeu outro assassinado no Rio de Janeiro, no dia 3 de junho deste ano, o que pode ter sido o motivo para ele fugir para a Paraíba.

Em nota, a Polícia Civil da Paraíba declarou que as autoridades policiais do Rio de Janeiro já tomaram conhecimento da prisão e confirmaram a periculosidade do criminoso. Segundo o delegado Diego Beltrão, que coordenou a operação, homens ligados ao miliciano já haviam sido presos em outras operações policiais no estado. “Mas ele (Almir Rogério), que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, declarou o delegado da Draco.

O suspeito capturado em Queimadas será levado sob escolta policial até o Rio de Janeiro. Marielle e Anderson foram mortos no dia 14 de março de 2018, emboscados no carro onde estavam, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Estão presos e aguardam julgamento pelos assassinatos o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, e o ex-PM Élcio Queiroz. (Com Agência Brasil) 

 

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