Chão de bairros em Alagoas afunda e exploração de empresa petroquímica é apontada como culpada

Desde 2018, milhares de pessoas já saíram de suas casas por conta da instabilidade nos terrenos

Bairros de Maceió, em Alagoas, sofrem com um fenômeno geológico que causa um afundamento do solo. A ação é efeito da exploração durante décadas do minério sal-gema pela empresa petroquímica Braskem, como consequência de problemas na selagem dos poços explorados. Nesta quinta-feira, 29, moradores do bairro de Bebedouro fecharam um importante cruzamento para exigir indenização para a troca segura de endereço e sanar os problemas geológicos.

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Além do afundamento do solo, os efeitos geológicos também causam tremores e rachaduras nas casas e nas vias públicas. Desde 2018, os moradores de bairros atingidos receberam instrução de realocação. Em 2020, a Braskem concordou em um Programa de Compensação, que pagaria R$ 2,7 bilhões para a troca de endereço dos afetados e para sanar os problemas geológicos.

De acordo com o portal Metrópoles, até o momento, mais de 17 mil pessoas que viviam no bairro do Pinheiro já foram realocadas. No entanto, moradores dos bairros vizinhos, como Mutange, Bom Parto e Bebedouro, também foram atingidos pelos afundamentos em seus terrenos, mas não foram indenizados.

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Servidores da Prefeitura de Maceió se dirigiram ao local do protesto para conversar com representantes e uma reunião foi marcada. Em nota, a empresa informou que “tem mantido diálogo permanente com as autoridades públicas, na busca das melhores soluções para os moradores e comerciantes atendidos pelo Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação. A empresa vem cumprindo o acordo assinado em janeiro de 2020 e todos os dados vêm sendo apresentados às autoridades”.

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