Governo de São Paulo anuncia vacinação para Covid-19 a partir de 25 de janeiro

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 7, que a primeira fase da aplicação das vacinas CoronaVac para imunização do coronavírus está programada para começar em 25 de janeiro. Segundo ele, a primeira etapa contará com 10 milhões de doses e terá como público-alvo profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. Idosos acima de 75 anos serão imunizados a partir de 8 de fevereiro, de acordo com o governador.

Doria anunciou ainda que 4 milhões de doses que serão enviadas a outros estados que solicitarem. A CoronaVac já está sendo produzida pelo Instituto Butantan, mas ainda não foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, encontra-se na terceira fase de testes, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência.

No final de novembro, a terceira fase de estudos da CoronaVac atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes. O anúncio dos resultados da etapa em andamento deverá ser divulgado pelo governo de São Paulo nas próximas semanas.

Enquanto isso, o envase da matéria-prima oriunda da China, que chegou ao Brasil no início de dezembro, começou a ser feito nesta segunda-feira. Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses. 

Cronograma de vacinação

 

De acordo com o cronograma divulgado pelo governo de São Paulo, o programa estadual de imunização será realizado em fases, que distribuirão duas doses por indivíduo.

- Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas
1ª dose: 25 de janeiro
2ª dose: 15 de fevereiro

- 75 anos ou mais
1ª dose: 8 de fevereiro
2ª dose: 1º de março

- 70 a 74 anos
1ª dose: 15 de fevereiro
2ª dose: 8 de março

- 65 a 69 anos
1ª dose: 22 de fevereiro
2ª dose: 15 de março

- 60 a 64 anos
1ª dose: 1º de março
2ª dose: 22 de março

Conforme balanço apresentado, o estado de São Paulo conta, na primeira fase, com 18 milhões de doses da vacina; 25 postos estratégicos de armazenamento e distribuição regional; 27 milhões de seringas e agulhas; 30 caminhões refrigerados de distribuição diária e 5,2 mil câmaras de refrigeração.

"Nós perdemos mais de 600 vidas todos os dias no Brasil. Essa é uma realidade que não pode ser ignorada. A vacina não pode ser adiada. A vacina do Butantan, assim como todas as vacinas comprovadamente eficazes, devem ser aplicadas na população brasileira", afirmou João Doria, em coletiva de imprensa.

Vacinação nacional

 

Em estratégia preliminar divulgada pelo governo federal, em 1º de dezembro, a CoronaVac não é citada pelo Ministério da Saúde na aplicação para a população, ainda sem data definida em plano nacional. Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou a compra das vacinas, após o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, ter anunciado que os imunizantes seriam adquiridos.

Com os impasses políticos, o governador João Doria anunciou que o plano de vacinação para o estado de São Paulo seria realizado sem o apoio do governo federal.

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