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Após roubo a banco, grupo sitia Criciúma, faz reféns e foge deixando dinheiro no meio da rua

Ação durou aproximadamente 1 hora e 45 minutos. Nesse período, reféns foram usados para bloquear as ruas da cidade, além de outras barreiras para conter a chegada da Polícia
08:43 | Dez. 01, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

A cidade de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, passou por momentos de desespero na madrugada desta terça-feira, 1º. Um grupo fortemente armado invadiu um banco, provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à Cidade, usou reféns como escudo e atirou várias vezes. As informações são do G1.

Segundo a Polícia de Criciúma, cerca de 30 pessoas encapuzadas assaltaram o Banco do Brasil no Centro por volta das 23h50 desta segunda-feira, 30. A ação durou aproximadamente 1 hora e 45 minutos. Nesse período, reféns foram usados para bloquear as ruas, além de outras barreiras para conter a chegada da Polícia. 

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) informou que os reféns foram liberados sem ferimentos. As pessoas sentadas na rua  sendo usadas como barreira foram identificados como funcionários do município que estavam pintando faixas de trânsito, quando foram abordadas pela quadrilha.

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Nas calçadas e nas ruas próximas da ação foram encontradas várias cápsulas de munição, inclusive de fuzil. Houve troca de tiros e um policial militar foi atingindo. O agente passou por cirurgia, segundo comunicado oficial da PM, mas o quadro de saúde dele ainda inspira cuidados. Um vigilante também foi atingido.

Dinheiro na rua

Após o crime, os criminosos fugiram em comboio e parte do dinheiro ficou espalhado pelas ruas. “Ele saíram da cidade em forma de comboio. Não sei se são oito ou dez veículos em direção ao Sul do Estado”, afirmou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), à Globonews. Segundo ele, as cenas são "surreais" e trouxeram medo aos moradores. "Todos estão mobilizados para capturar esses marginais que trouxeram esse medo, esse terror para nossa cidade de um povo que sabe mesmo é trabalhar", acrescentou durante a entrevista.

Na fuga, os criminosos deixaram cair um malote com o dinheiro. Quatro moradores foram detidos após recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão devido à explosão durante o assalto. Segundo a Polícia Civil, eles foram encontrados em um apartamento com a quantia em duas malas. Dois suspeitos de 24 anos e outros dois de 27 e 28 anos devem ser encaminhadas ao Presídio Regional. Nas ruas, também foram encontrado cerca de R$ 300 mil. O valor total ainda não foi divulgado.

Além do dinheiro, foram deixados 30 quilos de explosivos para trás. A explosão feita durante a ação danificou a estrutura da tesouraria regional, que fica anexa a uma agência bancária.

Até o momento ninguém da quadrilha foi preso ou identificado, mas a polícia suspeita que o grupo seja especializado nesse tipo de ação. Segundo o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, do 9ª Batalhão da Polícia Militar (9º BPM), agentes de  cidades vizinhas -Araranguá, Tubarão e Içara- se deslocaram para a cidade. "A gente chama de modalidade 'novo cangaço'. Eles fazem assaltos simultâneos, atacam quarteis, como atacaram no batalhão também", disse o tenente-coronel em entrevista.

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