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Peles de tilápia enviadas por cearenses serão usadas em tratamento de animais queimados no Pantanal

Cerca de 30 animais que estão internados no Hospital Veterinário de Animais Silvestres da Universidade Federal do Mato Grosso já podem ser tratados. Equipe de cearenses ficará em Cuiabá até o sábado, 10
19:24 | Out. 05, 2020
Autor Matheus Facundo
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Matheus Facundo Repórter do portal O POVO Online
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Tipo Notícia

Nesta terça-feira, 6, carga de com 130 amostras de pele de tilápia provenientes de Fortaleza chega a Cuiabá (MT) para auxiliar no tratamento de queimaduras em animais atingidos pelos incêndios na região do Pantanal. Junto com os curativos, uma equipe de cearenses do Instituto de Apoiado ao Queimado (IAQ) irá participar do processo e realizar treinamento com veterinários do local para futuras necessidades.

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Cerca de 30 animais que estão internados no Hospital Veterinário de Animais Silvestres da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) já se encontram aptos a receber a pele de tilápia, segundo informa Felipe Rocha, coordenador de produção de pele no IAQ e biólogo que estará chefiando a missão no MT. Animais ameaçados de extinção, com o veado-catingueiro e tamanduá, estão entre os que receberão o curativo biológico.

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A equipe composta ainda pela médica veterinária Beatriz Odebrecht e o enfermeiro Francisco Silva Júnior fica em Cuiabá até o próximo sábado, 10. De acordo com Felipe Rocha, "a ideia é que a gente aplique os curativos mas também ensine e dê um treinamento nos veterinários locais para eles usarem depois. E se precisar, a gente consegue mandar mais pele por via aérea no futuro".

Técnica cearense de sucesso em queimaduras de humanos e ganhadora até de prêmio nacional, o curativo da pele de tilápia deve ficar entre 10 a 15 dias nos animais, período em que ocorre o processo de cicatrização das feridas. "A pele é uma membrana biológica rica em colágeno, então esse colágeno vai ser incorporado ao organismo do animal. Quando a gente aplica a pele a membrana por volta do 4º dia literalmente gruda na ferida e ela é impermeável e impede que o animal perca líquidos e forma ainda uma barreira contra infecções", comenta o biólogo.

O instituto cearense foi contatado pela ONG Ampara Animal, que realiza trabalhos de resgate de animais afetados pelos incêndios no Pantanal. "Pra gente é uma grande satisfação. O projeto já é de grande sucesso em queimaduras humanas então vai ser muito importante ter sucesso em tratamento de animais. Ficamos muito felizes de poder ajuda e o projeto sempre vai estar disponível. Quem sabe estreitam-se os laços e se vier a acontecer outras tragédias, os veterinários já vão estar aptos a fazer o curativo", pontua Felipe Rocha.

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