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Juiz aceita denúncia e ex-BBB Felipe Prior vira réu em caso de estupro

Conforme nota do TJSP, Prior deve apresentar resposta por escrito sobre as acusações em dez dias. Ele é acusado de estupro e tentativa de estupro por três mulheres
18:06 | Out. 01, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

Nesta quinta-feira, 1º, a Justiça paulista acolheu as denúncias de estupro em desfavor do ex-BBB Felipe Prior e o caso irá a julgamento, após acusações serem feitas por vítimas e formalizadas pelo Ministério Público. O arquiteto, que participou do Big Brother Brasil 2020 (BBB20), é acusado por tentativa de estupro e dois estupros por três mulheres. Processo tramita em segredo judicial.

Denúncia do MP chegou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) ainda em agosto, no entanto, devido à pandemia do novo coronavírus, o juiz que ficou responsável pelo caso só recebeu os autos nessa quarta-feira, 30. Conforme nota do TJSP, Prior deve apresentar resposta por escrito sobre as acusações em dez dias. Conforme o portal G1 SP, um dos crimes teria ocorrido em 2014, em São Paulo, e é acompanhado pelos promotores Danilo Romão, da 7ª Promotoria Criminal, e Fernanda Moreti, da Promotoria da Violência Doméstica.

Em nota divulgada pela advogada do grupo de mulheres que fizeram as denúncias, é dito que o caso foi trazido à tona para dar suporte não só pelas vítimas de Felipe Prior, mas para levantar debates para o futuro, para as pessoas "que lutam não só para que um abusador seja responsabilizado, mas para que no futuro mulheres possam denunciar agressões sem serem atacadas, revitimizadas e desacreditadas pela sociedade e até por estruturas de Estado criadas para acolhê-las.

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Carolina Pugliese, advogada do ex-BBB afirmou em nota datada de agosto que acreditam que a inocência de Prior será provada e que há provas de que ele não é culpado pelos crimes. "Acreditamos, firmemente, que a justiça prevalecerá e o poder judiciário chegará a essa mesma conclusão, afirmando a inocência de Felipe Prior e sepultando, de uma vez por todas, essas injustas e infundadas acusações", diz o texto.

Os casos

As três mulheres envolvidas tiveram suas identidades preservadas. A primeira relata que aceitou uma carona de Prior após um evento universitário, os jogos universitários das faculdade de arquitetura e urbanismo de São paulo, chamados de InterFAU. Ela se descreveu como "bastante alterada" na ocasião, após o consumo de bebida alcoólica. Segundo seu depoimento, Felipe parou o carro em uma rua e começou a beijá-la e passar a mão por seu corpo, sendo ainda arrastada para o banco de trás. Lá, Felipe forçou a relação sexual, com a moça falando que não e sem conseguir oferecer resistência. Prior teria reagido aos gritos e continuado o ato.

Segundo a acusação, a violência relatada causou uma dilaceração em seu lábio vaginal, ocasionando um sangramento intenso, que teria feito o arquiteto cessar a violência. Ele teria chegado a oferecer levá-la ao hospital, mas a moça pediu para ir para casa. Mais tarde, se dirigiu ao hospital com a mãe e escondeu a violência das médicas. Durante a semana, ela relata que teve dificuldades para andar e ir ao banheiro e posteriormente passou a ter sequelas psicológicas, como crises de pânico, chegando a atrasar dois anos da faculdade por não conseguir conviver com Prior.

O segundo caso teria acontecido em 2014, durante o mesmo evento universitário, realizado em Biritiba Mirim, São Paulo. Prior teria se aproveitado do estado de embriaguez de mais uma mulher e a levou para sua barraca de camping. Ao perceber que não havia camisinha para o sexo, ela recusou a relação sexual, mas ele continuou insistindo, usando força física. A mulher conseguiu empurrá-lo e fugir da barraca.

O caso mais recente teria sido em 2018, também no mesmo evento. A conduta teria sido a mesma, com Prior levando uma mulher para sua barraca e iniciando uma relação sexual, dessa vez de forma consentida. Entretanto, Felipe começou a agir de maneira agressiva e a moça pediu para interromper a relação, mas sem surtir efeito. Felipe agrediu-a com tapas, apesar dos relatos de dor da moça, além de imobiliza-la de costas no chão. Ela só conseguiu sair da barraca ao amanhecer, enquanto ele dormia. A situação teria sido testemunhada por pessoas na barraca ao lado.

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