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Ex-BBB Felipe Prior é acusado de estupro e tentativa de estupro

Denúncia foi publicada no site da revista Marie Claire. Assessoria de Felipe negou as acusações. Comissão Organizadora de evento onde crimes teriam ocorrido confirma que o arquiteto foi expulso permanentemente de competições em 2018 por conta da questão
16:29 | Abr. 03, 2020
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O ex-BBB Felipe Prior, que esteve na 20ª edição do Big Brother Brasil (BBB20) está sendo acusado de estupro e tentativa de estupro. De acordo com informações do site da revista Marie Claire, que teve acesso a depoimentos e entrevistou advogada das vítimas, os crimes teriam acontecido entre 2014 e 2018. O arquiteto foi eliminado do reality na última terça-feira, 31, com 56,76% dos votos, em escolha com número recorde de participação do público.

Em um dos depoimentos, que se refere à data de 9 de agosto de 2014, a vítima, Themis (nome fictício), afirma ter ido a uma festa que universitária das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo, chamados de InterFAU. Ao saírem da festa ela e uma amiga aceitaram a carona de Felipe, que após deixar a amiga de Themis em casa parou o carro na rua após alguns minutos. Em seguida acusado se lançou sobre ela para beijá-la enquanto passava a mão em seu corpo. Themis afirma que estava "bastante alterada" devido ao uso de bebida alcoólica, e que foi levada por ele para o banco de trás do veículo.

A partir deste trecho, o texto pode conter gatilhos de estupro para quem lê.

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Ainda de acordo com depoimento protocolado em 17 de março de 2020 no Departamento de Inquéritos do Fórum Central Criminal, pelas advogadas Maira Pinheiro e Juliana de Almeida Valente, Felipe colocou seu genital para fora da calça e Themis afirma não ter conseguido resistir fisicamente devido à embriaguez. Entretanto, ela afirmou ter dito para ele diversas vezes que não desejava consumar o ato sexual. Felipe teria gritado "para de ser fresca, no fundo você quer,” e dito "quer sim", em seguida estuprando-a.

Após o ato, Themis começou a sangrar e foi levada para casa por Felipe. Chegando em casa a mãe da jovem a levou para o hospital, notando "um corte de cerca de três dedos de comprimento na região genital, profundo o suficiente para chegar ate o músculo". Themis chegou a precisar usar fralda geriátrica para conter o sangramento.

Já em casa Themis precisou de ajuda para andar e ir ao banheiro, ficando uma semana de cama. Em tentativas de começar um tratamento psicoterápico, a jovem afirma ter tido dificuldade de falar sobre o estupro. Mesmo um ano depois ela estava com crises de pânico.

Em 2016, de acordo com o documento, outro crime teria sido cometido por ele. Desta vez com Freya (nome fictício), de 24 anos. Ao ser persuadida por Felipe para entrar em sua barraca no camping dos jogos InterFAU de 2016, Freya sofreu a tentativa de estupro. A recusa da proposta sexual veio quando a jovem percebeu que não havia camisinha na barraca. Prior teria tentado duas vezes penetrá-la no ânus e ao receber negação da moça, ele a conteve usando força física. O ato não foi consumado, segundo ela, porque a jovem conseguiu empurrá-lo usando pernas e braços, assim conseguindo fugir do local.

Já em 2018 teria acontecido mais um caso, durante os jogos InterFAU realizados no município de Itapetininga. Lá, a vítima Ísis (nome fictício), 23, foi para a barraca de Felipe após "muita insistência", iniciando a relação de forma consentida. Após Felipe começar a agir de forma agressiva ela pediu para parar, mas os pedidos não foram acatados. Em seguida, de acordo com o documento o qual o site Marie Claire teve acesso, Felipe deu tapas no rosto dela e em seu corpo. Mesmo chorando Felipe não a deixou sair de lá, chegando a colocá-la de barriga para baixo e ficando por cima de seu corpo, deixando-a imobilizada no chão. A jovem só saiu da barraca depois que ele dormiu.

A InterFAU lançou nota, enviada à Marie Claire, em que afirma ter tido conhecimento de acusações de crime sexual contra Felipe Prior e, por conta disso, o agora ex-BBB foi expulso da edições do evento ainda em 2018.

Nota da Comissão Organizadora da Interfau
Nota da Comissão Organizadora da Interfau (Foto: Reprodução)

De acordo com a advogada Maira Pinheiro, responsável pelo caso das três mulheres, o trabalho começou em janeiro. "Esse trabalho começou no final de janeiro, a partir da conversa com a primeira vítima. Conforme tivemos informações sobre a existência de outras, percebemos que, para que os fatos fossem relatados com a devida profundidade e complexidade, teríamos que fazer uma investigação defensiva abrangente. E assim chegamos à segunda e à terceira vítimas e às demais testemunhas. Tivemos inclusive notícia de pelo menos uma outra, que acabou preferindo não depor", disse, à Marie Claire.

A assessoria de Felipe negou as acusações à Marie Claire. "Isso aí é mentira" escreveu o assessor via WhatsApp. 

Em nota, a Globo afirmou que "é veementemente contra qualquer tipo de violência, como se percebe diariamente em seus programas jornalísticos e mesmo nas obras do entretenimento, e entende que cabe às autoridades a apuração rigorosa de denúncias como estas".

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