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Dificuldade para custear saúde na velhice é a principal preocupação de brasileiros

O estudo, feito nacionalmente, elenca os principais medos da população em relação à saúde após os 70 anos. Câncer é a segunda preocupação mais citada
00:00 | Mai. 14, 2019
Autor O POVO
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Um estudo realizado pelo Instituto Datafolha, com apoio da biofarmacêutica Abbvie, revelou as principais preocupações dos brasileiros quando o tema é saúde após os 70 anos de idade. Para 23% dos entrevistados, enfrentar dificuldades financeiras para custear remédios ou tratamentos é a maior preocupação. No recorte de gênero, esse temor foi o mais citado por 23% do público feminino e 19% do masculino. Intitulada “Percepção dos Brasileiros sobre Temas de Saúde”, a pesquisa ouviu um universo de 2.087 pessoas acima de 16 anos, de todas as regiões do País, entre os dias 3 e 9 de abril deste ano.

A segunda preocupação mais citada foi o câncer (19%). Em outra pesquisa DataFolha, de 2016, a doença foi a mais temida pelos entrevistados. Na lista do atual estudo, ainda são mencionados problemas físicos (14%), problemas de saúde mental (12%), doenças do coração (11), depressão (9%) e problemas de saúde ocular (8%).

O estudo traça também um cenário sobre as principais fontes de informação quando o assunto é saúde. Médico de confiança ou do posto público de saúde mais próximo é o meio mais utilizado por 49% dos brasileiros. O Google aparece em segundo lugar com 37%, e portais de notícia, em terceiro, com 26%. Foram lembrados ainda farmácia mais próxima, amigos e parentes, televisão, Facebook, jornal ou revista impressa, WhatsApp, rádio e vizinhos.

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Quando questionados sobre a segurança das fontes de informação, médico de confiança permanece no topo, com 43%. Em contrapartida, Google e portais na internet apresentam queda de confiança, e são lembrados por 14% e 7%, respectivamente, dos entrevistados. Outras redes sociais, como o Facebook e WhatsApp, são citadas apenas por 2% dos brasileiros.

A diretora médica da Abbvie Brasil, Karina Fontão, destaca que, apesar da consulta ao médico ser a principal fonte, ela é superada quando somados os percentuais de acesso ao Google e a portais na internet.

“Isso nos surpreende de uma certa forma, mas faz a gente ter uma lição de casa e tentar educar a população a separar o joio do trigo. Porque não não adianta. É um caminho sem volta. O paciente vai por no Google. O que ele precisa saber e aprender é onde tem informação de credibilidade e onde tem perigo”, ressalta Karina.

No que se refere à percepção do acesso a tratamentos médicos, a pesquisa ainda mostra que 52% dos brasileiros acreditam ter total (notas 9 e 10) ou bom acesso (notas de 6 a 8), enquanto 48% creem ter baixo (notas 2 a 5) ou nenhum acesso (notas 0 e 1). Quando questionados sobre o futuro, os entrevistados se mostraram otimistas. O acesso a tratamentos de saúde, nos próximos cinco anos, será total ou bom para 66% dos entrevistados, e, para 34% desse público, o acesso será baixo ou nenhum.

Jornalista viajou a São Paulo a convite da empresa Abbvie.

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