Brasil cai três posições em ranking de liberdade de imprensa
Pelo terceiro ano consecutivo, a Noruega lidera o ranking, seguida por Finlândia e SuéciaDesinformação e assédio digital marcam o cenário de atuação jornalística no Brasil. A análise é da ONG internacional Repórteres Sem Fronteiras que divulgou na manhã desta quinta-feira, 18, a edição de 2019 do Ranking Mundial de Liberdade em Imprensa. O País, no 105º de 180 lugares, caiu três colocações em relação à lista de 2018.
O relatório analisa que o Brasil está no limite entre "situação delicada" e "situação difícil". “A eleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2018, após uma campanha marcada por discursos de ódio, desinformação, ataques à imprensa e desprezo pelos direitos humanos, é um prenúncio de um período sombrio para a democracia e a liberdade de expressão no País”, diz o relatório.
A queda do brasileira acompanha uma tendência de piora da liberdade de imprensa na América Latina, depois de uma ligeira melhora em 2018. O país mais perigoso do continente para a profissão continua sendo o México, no 144º lugar e com pelo menos dez jornalistas assassinados em 2018.
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AssineDe maneira geral, o relatório diz que há “uma situação preocupante em nível global” para a imprensa. A classificação é “boa” ou “relativamente boa” em apenas 24% dos países da lista. Os piores colocados são três estados autoritários: a Eritreia (na África), a Coreia do Norte (na Ásia) e o Turcomenistão (na Ásia), que ocupa o último lugar.
O ranking
Publicado anualmente desde 2002, o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa permite determinar a situação relativa de 180 países em termos de liberdade de informação. A classificação se baseia no desempenho dos países em termos de pluralismo, independência dos meios de comunicação, ambiente e autocensura, arcabouço jurídico e transparência e qualidade da infra-estrutura de apoio à produção de informação.
Os índices globais e regionais são calculados a partir da pontuação obtida pelos diferentes estados. Essa pontuação é estabelecida a partir de um questionário proposto, em 20 línguas, a especialistas do mundo inteiro e submetido a uma análise qualitativa. Quanto mais elevado for o índice, pior a situação para a imprensa.
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