O Brasil apresenta baixa densidade da malha ferroviária, se comparado a países de dimensões continentais, como Canadá, Índia e China, e mesmo diante de seus pares na América Latina (AL), como México e Argentina. É o que revela os dados da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) sobre o estado atual das ferrovias no País.
Em comparação de matrizes de transporte de carga, o transporte ferroviário no Brasil corresponde a 15%, bem menor o percentual em relação a outros países como a Rússia (81%), Canadá (46%), Austrália e EUA (ambos com 43%) e a China (37%). O transporte rodoviário é o mais utilizado no País (65%) seguido pelo aquaviário e outros tipos de condução (20%).
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Segundo a ANTF, apesar de a malha brasileira ser pequena, as concessionárias de ferrovias de carga atingiram um elevado ganho de produtividade, graças aos investimentos crescentes e contínuos realizados nas duas ultimas décadas.
Além disso, o Brasil possui uma das menores malhas ferroviárias do mundo: cerca de 29 mil quilômetros. A maior linha férrea é a norte-americana: aproximadamente 295 mil quilômetros, sendo dez vezes mais do que a brasileira.
Conforme dados da ANTF, mais de 95% dos minérios chegam aos portos pelos trilhos. O modal responde pelo transporte de mais de 40% dos graneis sólidos agrícolas exportados e, no caso do açúcar, esse índice é de 46%.
Outros dados
• Redução do Índice de Acidentes
Entre 1996 e 2017, as ferrovias associadas à ANTF reduziram mais de 86% o índice de acidentes, mantendo padrões internacionais de segurança.
• Transporte “ecologicamente correto”
Um vagão graneleiro de 100 toneladas substitui a movimentação de quase quatro caminhões, reduzindo a poluição e os congestionamentos nas estradas e nos centro urbanos.
• Geração de empregos diretos e indiretos
O número de empregos no setor (entre diretos e indiretos) cresceu quase 140% desde 1997, pois passou de 16.662 para 40.398, em 2017.
• Participação na Matriz de Transportes
Nesses mais de 20 anos de concessão à iniciativa privada, as ferrovias ampliaram a participação na matriz de transporte do Brasil e respondem por cerca de 15% de “share”. Mas ainda há espaço para crescer.
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