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Ritmo de crescimento do PIB de 2018 estaciona e fica em 1,1%

Resultado é menor que o projetado pelo Banco Central, no qual esperava o índice de 1,4%
22:51 | Fev. 28, 2019
Autor David Moura
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Tipo Notícia

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do ano passado ficou em 1,1%, permanecendo estável e ter registrado quase o mesmo percentual em 2017, quando foi de 1%, depois de dois anos seguidos de recessão (2016, -3,3%; 2015, -3,5%). O valor total foi de R$ 6,8 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado fica abaixo da projeção feita pelo Banco Central (BC), que foi alterada de 1,6% para 1,4% em setembro de 2018. De acordo com o BC, essa revisão “reflete a incorporação dos resultados do PIB no segundo trimestre e o arrefecimento na atividade econômica após a paralisação no setor de transporte de cargas, ocorrida em maio, como sugerido por indicadores de alta frequência.”.

Os setores que mais contribuíram para o crescimento do PIB em 2018 foram a agropecuária (0,1%), indústria (0,6%) e serviços (1,3%). Em consequência dessa leve alta, o PIB per capita obteve o valor de R$ 32.747, registrando um pequeno aumento de 0,3% em relação a 2017.

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Na área da agropecuária, o destaque foi para as plantações de café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Porém, houve quedas nas cultivações do milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2%).

Na indústria, o destaque foi para as atividades ligadas à eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com crescimento de 2,3% em relação a 2017. Entretanto, a construção civil registrou uma queda de -2,5%, sendo o quinto ano seguido de contração.

Na indústria de transformação, por sua vez, avançaram 1,3% no ano, influenciado pelas vendas de veículos automotores, papel e celulose, farmacêutica, metalurgia e máquinas e equipamentos. Já a extrativa teve expansão de 1 % em relação a 2017, devido a uma alta na extração de minérios ferrosos.

Nas atividades que fazem parte do setor de serviços, todas tiveram desempenho positivo. Lideram as imobiliárias (3,1%), seguidas pelo comércio (2,3%); transporte, armazenagem e correio (2,2%); outras atividades de serviços (1%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%); informação e comunicação (0,3%) e administração, defesa, saúde e educação pública e seguridade social (0,2%).

Houve crescimento em relação ao consumo das famílias (1,9%) e nos investimentos – conhecido também como FBCF (Formação bruta de capital fixo) – com o índice de 4,1%, sendo o melhor desempenho positivo depois de três anos de recessão (2015, -13,9%; 2016, -12,1%, 2017, - 2,5%). Já o consumo do Governo ficou estável (0 %).

Em relação às exportações de bens e serviços tiveram alta de 4,1% e as importações aumentaram 8,5%.

A taxa de investimento teve crescimento e ficou em 15,8% do PIB, acima do ano anterior (15%). Na taxa de poupança também houve um avanço de 14,5% em 2018 (em 2017 foi 14,3%).

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