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Janeiro, o mês que (quase) não acaba

A variedade de fatos ocorridos nos cenários local, nacional e internacional faz deste janeiro um dos meses mais 'demorados'
10:30 | Jan. 31, 2019
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2019 chegou chegando. Janeiro está terminando hoje, mas parece que vivemos dois meses em um. Seja no Ceará, no Brasil ou no mundo, uma avalanche de acontecimentos virou pauta no O POVO. Separamos os principais assuntos que foram destaque para você entender por que parece que janeiro não vai acabar nunca.

Crise na segurança pública do Ceará

Foi logo no segundo dia do ano que o Ceará passou a viver a maior onda de ataques liderada por facções criminosas da história. No dia 1º, o novo responsável pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, afirmou, em seu discurso de posse, que não reconhecia facção criminosa no Ceará e que o sistema de distribuição dos internos de unidades prisionais, de acordo com o pertencimento dos presos às facções criminosas, iria mudar.

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Era o que faltava para o início de uma série de atentados. Órgãos públicos, empresas e veículos de transporte público foram alguns dos alvos de incêndios e ataques com bombas. A série de delitos exigiu reforço de policiais de estados como Bahia, Santa Catarina e Piauí, bem como de agentes da Força Nacional.

Decretos do governo Bolsonaro

Logo no primeiro dia de governo, o presidente Jair Bolsonaro deu início à assinatura de decretos que pautaram a nova agenda político-econômica do País. No dia da posse, em 1º de janeiro, assinou o decreto que estipulou o novo salário mínimo em R$ 998, oito reais abaixo da estimativa do orçamento da União enviado pelo governo Michel Temer (MDB) ao Congresso em 2018.

De lá para cá, outros decretos foram notícia, como o que regulou o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo no País, uma das principais promessas de campanha do presidente da República. Mais recentemente, outro decreto, dessa vez assinado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, trouxe mudanças na Lei de Acesso à Informação. As alterações passam a admitir que funcionários do alto escalão, inclusive pessoas com cargos comissionados, possam classificar informações públicas com alto grau de sigilo, limitando, assim, o acesso aos dados classificados dessa forma. A medida foi criticada por especialistas que veem no decreto uma limitação na divulgação de informações, uma vez que não há critérios e regras estabelecidas para o uso do dispositivo no documento.

Tragédia ambiental em Brumadinho

Janeiro também foi o mês em que o Brasil assistiu ao desastre causado pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No dia 25, um mar de lama destruiu parte da área administrativa da empresas e de casas localizadas na área rural da Cidade. Pelo menos 99 pessoas morreram e mais de 250 estavam desaparecidas até a publicação deste texto. A tragédia acontece três anos após o rompimento de uma barragem da Samarco, controlada pela Vale, em Mariana, também em Minas Gerais.

Escândalo Flávio Bolsonaro

Neste janeiro, foi possível ver os desdobramentos do caso que envolve o senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL). O político tem o nome envolvido em um escândalo inesperado logo no início do governo do pai, Jair Bolsonaro. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram que R$ 1,2 milhão foi movimentado na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz, que atuava como motorista de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

No desenrolar do caso, Flávio alegou ter foro privilegiado e a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação das provas recolhidas pelo Coaf. O ministro Luiz Fux chegou a interromper o trâmite da investigação no dia 16, afirmando que o pedido precisa ser analisado pelo relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello.

Frase de Damares

Uma declaração da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, causou burburinho nas redes sociais. No dia 3 de janeiro, ela chegou a se posicionar sobre questões de gênero. “É uma nova era no Brasil: menino veste azul e menina veste rosa", afirma em vídeo que circulou na internet.

A pasta chefiada por Damares também foi alvo de polêmica após Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro retirar citações a direitos específicos da população LGBT no dia 2 de janeiro.

Crise na Venezuela

Janeiro também foi o mês de uma reviravolta política na Venezuela. No dia 23, o principal nome da oposição, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do País. A declaração ocorreu 13 dias após a posse do presidente Nicolás Maduro, reeleito sob acusações de fraudes nas urnas e não reconhecimento de boa parte da comunidade internacional. Diversos países declaram apoio ao presidente interino, como Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil.

Lula e Vavá

Nos últimos dias de janeiro, a morte de um dos irmãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início a um vai-e-vem de decisões sobre a possibilidade de o político preso em Curitiba participar da cerimônia de sepultamento. Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, faleceu no dia 29, em decorrência de câncer. Os advogados do petista teriam solicitado o deslocamento do ex-presidente ao sepultamento, ocorrido em São Bernardo do Campo, em São Paulo.

Em um primeiro momento, no dia 29, a juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba Carolina Lebbos rejeitou o pedido. No mesmo dia, o desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), negou um habeas corpus para Lula ir ao sepultamento. Porém, no dia seguinte, o presidente do Supremo Tribunal Federal (SFT), o ministro Dias Toffoli, autorizou o ex-presidente a ir ao enterro do irmão. Contudo, a decisão ocorreu minutos antes do sepultamento ser realizado, quando o cortejo já havia saído. Na ocasião, a defesa disse que não tinha o desejo de, “nesta oportunidade” deslocar o petista para ir ao encontro de familiares em São Paulo.

A volta de Sandy & Junior e a nova pausa de Rouge

A dupla Sandy & Junior vai retornar aos palcos para uma série de shows no segundo semestre de 2019. Essa foi a informação divulgada pelo jornal Extra no dia 29. Os irmãos estariam planejando um grande show para comemorar 30 anos de carreira em São Paulo e em outras cidades do País.

Em um movimento inverso, o grupo Rouge, que retomou a formação original em 2018, anunciou uma nova pausa no dia 24. A nova despedida será acompanhada do lançamento do álbum Les 5inq, em 1º de fevereiro.

2019 chegou chegando. Janeiro está terminando hoje, mas parece que vivemos dois meses em um. Seja no Ceará, no Brasil ou no mundo, uma avalanche de acontecimentos virou pauta no O POVO. Separamos os principais assuntos que foram destaque para você entender por que parece que janeiro não vai acabar nunca.

 

 

[FOTO3]Crise na segurança pública do Ceará

Foi logo no segundo dia do ano que o Ceará passou a viver a maior onda de ataques liderada por facções criminosas da história. No dia 1º, o novo responsável pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, afirmou, em seu discurso de posse, que não reconhecia facção criminosa no Ceará e que o sistema de distribuição dos internos de unidades prisionais, de acordo com o pertencimento dos presos às facções criminosas, iria mudar. 

Era o que faltava para o início de uma série de atentados. Órgãos públicos, empresas e veículos de transporte público foram alguns dos alvos de incêndios e ataques com bombas. A série de delitos exigiu reforço de policiais de estados como Bahia, Santa Catarina e Piauí, bem como de agentes da Força Nacional

[FOTO2]Decretos do governo Bolsonaro

Logo no primeiro dia de governo, o presidente Jair Bolsonaro deu início à assinatura de decretos que pautaram a nova agenda político-econômica do País. No dia da posse, em 1º de janeiro, assinou o decreto que estipulou o novo salário mínimo em R$ 998, oito reais abaixo da estimativa do orçamento da União enviado pelo governo Michel Temer (MDB) ao Congresso em 2018.

De lá para cá, outros decretos foram notícia, como o que regulou o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo no País, uma das principais promessas de campanha do presidente da República. Mais recentemente, outro decreto, dessa vez assinado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, trouxe mudanças na Lei de Acesso à Informação. As alterações passam a admitir que funcionários do alto escalão, inclusive pessoas com cargos comissionados, possam classificar informações públicas com alto grau de sigilo, limitando, assim, o acesso aos dados classificados dessa forma. A medida foi criticada por especialistas que veem no decreto uma limitação na divulgação de informações, uma vez que não há critérios e regras estabelecidas para o uso do dispositivo no documento.

[FOTO1]Tragédia ambiental em Brumadinho

Janeiro também foi o mês em que o Brasil assistiu ao desastre causado pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No dia 25, um mar de lama destruiu parte da área administrativa da empresas e de casas localizadas na área rural da Cidade. Pelo menos 99 pessoas morreram e mais de 250 estavam desaparecidas até a publicação deste texto. A tragédia acontece três anos após o rompimento de uma barragem da Samarco, controlada pela Vale, em Mariana, também em Minas Gerais. 

[FOTO4]Escândalo Flávio Bolsonaro

Neste janeiro, foi possível ver os desdobramentos do caso que envolve o senador eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL). O político tem o nome envolvido em um escândalo inesperado logo no início do governo do pai, Jair Bolsonaro. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelaram que R$ 1,2 milhão foi movimentado na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz, que atuava como motorista de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

No desenrolar do caso, Flávio alegou ter foro privilegiado e a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação das provas recolhidas pelo Coaf. O ministro Luiz Fux chegou a interromper o trâmite da investigação no dia 16, afirmando que o pedido precisa ser analisado pelo relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello

[FOTO5]Frase de Damares

Uma declaração da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, causou burburinho nas redes sociais. No dia 3 de janeiro, ela chegou a se posicionar sobre questões de gênero. “É uma nova era no Brasil: menino veste azul e menina veste rosa", afirma em vídeo que circulou na internet.

A pasta chefiada por Damares também foi alvo de polêmica após Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro retirar citações a direitos específicos da população LGBT no dia 2 de janeiro. 

[FOTO6]Crise na Venezuela

Janeiro também foi o mês de uma reviravolta política na Venezuela. No dia 23, o principal nome da oposição, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do País. A declaração ocorreu 13 dias após a posse do presidente Nicolás Maduro, reeleito sob acusações de fraudes nas urnas e não reconhecimento de boa parte da comunidade internacional. Diversos países declaram apoio ao presidente interino, como Estados Unidos, Canadá, Argentina e Brasil. 

[FOTO7]Lula e Vavá

Nos últimos dias de janeiro, a morte de um dos irmãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início a um vai-e-vem de decisões sobre a possibilidade de o político preso em Curitiba participar da cerimônia de sepultamento. Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, faleceu no dia 29, em decorrência de câncer. Os advogados do petista teriam solicitado o deslocamento do ex-presidente ao sepultamento, ocorrido em São Bernardo do Campo, em São Paulo. 

Em um primeiro momento, no dia 29, a juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba Carolina Lebbos rejeitou o pedido. No mesmo dia, o desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), negou um habeas corpus para Lula ir ao sepultamento. Porém, no dia seguinte, o presidente do Supremo Tribunal Federal (SFT), o ministro Dias Toffoli, autorizou o ex-presidente a ir ao enterro do irmão. Contudo, a decisão ocorreu minutos antes do sepultamento ser realizado, quando o cortejo já havia saído. Na ocasião, a defesa disse que não tinha o desejo de, “nesta oportunidade” deslocar o petista para ir ao encontro de familiares em São Paulo.

[FOTO8]A volta de Sandy & Junior e a nova pausa de Rouge

A dupla Sandy & Junior vai retornar aos palcos para uma série de shows no segundo semestre de 2019. Essa foi a informação divulgada pelo jornal Extra no dia 29. Os irmãos estariam planejando um grande show para comemorar 30 anos de carreira em São Paulo e em outras cidades do País. 

 

 

Em um movimento inverso, o grupo Rouge, que retomou a formação original em 2018, anunciou uma nova pausa no dia 24. A nova despedida será acompanhada do lançamento do álbum Les 5inq, em 1º de fevereiro.

 

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