Participamos do

MP de Goiás solicita prisão preventiva do médium João de Deus

Em apenas dois dias, o órgão recebeu mais de 200 relatos, por meio de um e-mail criado especificamente para o caso (denuncias@mpgo.mp.br)
19:03 | Dez. 12, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Após cinco dias das denúncias de abuso sexual contra o médium João de Deus ganharem visibilidade, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a prisão preventiva de João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Ele é acusado de abusar de mais de 200 mulheres, inclusive, estrangeiras. A Justiça analisará o pedido.

[FOTO1] 

O médium realiza tratamento espiritual no Centro Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no interior de Goiás, onde as vítimas teriam sido atacadas. Ao portal de notícias Estadão, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do MP-GO, Luciano Miranda, diz que as denúncias contra João de Deus podem ultrapassar as do caso Roger Abdelmassih em dimensão. O ex-médico foi condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

 

Na manhã desta quarta-feira, 12, o líder espiritual esteve em Abadiânia, onde permaneceu por cerca de 10 minutos e fez um rápido pronunciamento. Na sua primeira aparição pública após as denúncias virem à tona, João declarou ser inocente, mas estaria à disposição da Justiça. “Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo”, disse.

[SAIBAMAIS] 

Em apenas dois dias, o MP-GO recebeu os mais de 200 relatos, por meio de um e-mail criado especificamente para o caso (denuncias@mpgo.mp.br). As primeiras denúncias foram levadas ao ar pelo programa Conversa com Bial, da TV Globo.

 

Até o momento, existem suspeitas de estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. “Nos relatos que recebemos, todas as mulheres se mostram muito abaladas, independentemente da data do ocorrido. Nenhuma fala em dinheiro ou qualquer outro benefício. A maior parte diz querer apenas justiça”, disse Luciano Miranda ao Estadão.

 

Redação O POVO Online

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente