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Desconhecido teria trocado mensagens com amigos de professor cearense assassinado

Colegas só teriam estranhado as mensagens pelos erros de português cometidos pela pessoa não identificada que se passava pela vítima
15:30 | Dez. 21, 2018
Autor Alexia Vieira
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A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso divulgou que uma pessoa teria enviado mensagens para amigos e parentes do professor cearense Francisco Moacir Pinheiro Garcia, 53, se passando por ele. Ele foi encontrado morto com ferimentos de bala no sábado, 15. Os amigos só perceberam sua falta dias depois, na terça-feira, 18, após desconfiar que quem mandava mensagens não era a vítima.

Segundo a nota enviada pelo órgão de segurança mato-grossense, uma amiga de Francisco realizou o Boletim de Ocorrência (BO) sobre seu desaparecimento e informou à Polícia que havia tentado contato com o professor por meio de ligações e mensagens no aplicativo WhatsApp. Ela estranhou a foto de perfil do homem ter sido retirada. Além disso, as mensagens enviadas do número dele eram cheias de erros gramaticais, o que era incompatível com sua profissão de professor universitário e seu modo de escrever. 

[SAIBAMAIS]Francisco havia feito uma cirurgia no braço recentemente e ainda utilizava uma tipoia imobilizadora, como mostra a foto utilizada pelos colegas para informar seu desaparecimento. De acordo com as investigações, o docente tinha um atendimento médico marcada para quarta-feira, 19, mas a secretária do consultório afirmou que a vítima teria desmarcado pois “estava em viagem com problemas pessoais”. No entanto, parentes disseram que Francisco mandou mensagens na mesma data dizendo que tinha comparecido ao médico, reafirmando estar bem. 

A vítima foi encontrada em uma estrada entre os municípios de Cláudia e União do Sul. Ele não tinha documentos, nem celular. O carro de Francisco também não estava em sua casa. Amigos dele compareceram ao IML para identificar o corpo. O caso será tratado como latrocínio, segundo delegado Ugo  Angelo, de Sinop, cidade onde o professor morava e lecionava. As investigações ficarão a cargo da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) do município. 

Sem família em Sinop, Francisco Moacir deve ter breve velório promovido por amigos e colegas de profissão ainda nesta sexta-feira, 21, e depois ter o corpo transladado para o Ceará, onde será sepultado. Ele lecionava há 10 anos na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que decretou luto oficial de três dias. Francielli Vicentini, pró-reitora em exercício da universidade, afirmou que todos estão abalados com o assassinato de Francisco.

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