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Traficante brasileiro teria matado prostituta de 18 anos em cela no Paraguai para evitar extradição

Marcelo está preso no Paraguai desde dezembro de 2017
15:26 | Nov. 18, 2018
Autor O POVO
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Tipo Notícia
O narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, é acusado de matar uma adolescente a facadas dentro de cela no presídio em que está detido, em Assunção, no Paraguai. O crime teria sido para impedir a extradição iminente, autorizada em 30 setembro, de acordo o Ministério Público (MP) do País. O boletim de ocorrência foi registrado pela polícia local neste sábado, 17. Informações são do G1.

Lidia Meza Burgos tinha 18 anos e visitava Marcelo Piloto pela segunda vez, conforme a polícia. Um guarda, que fazia ronda no pavilhão por volta de 13h50min, ouviu gritos vindo da cela de Piloto. Ao verificar o local, encontrou a jovem caída no chão, ensanguentada.
Ela foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu.

[SAIBAMAIS]O promotor Hugo Volpe relata que Piloto teria utilizado faca de mesa para golpear a vítima cerca de 16 vezes, de acordo com informações preliminares da autópsia. Segundo o MP, a jovem era prostituta entrou na prisão fora do protocolo.

Extradição

Marcelo Piloto é considerado um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho. Ele está preso no Paraguai desde dezembro de 2017. Ele estava escondido no País há anos e enviava armas, drogas e munição para abastecer as favelas dominadas pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

De acordo com a decisão que determinou sua extradição, Marcelo Piloto só poderia ser entregue às autoridades brasileiras depois da conclusão de dois processos abertos no Paraguai. Ele responde por homicídio e por produção de documentos falsos e violação da Lei de Armas (este último foi julgado na sexta-feira, 16). 

Durante a audiência, Piloto manifestou recusa à juiza e ao promotor do caso, segundo o MP paraguaio, para tentar prolongar a burocracia e adiar sua extradição. De acordo com o promotor Volpe, a apelação de Piloto para não ser extraditado está em segunda instância e deve ser julgada em cerca de 15 dias, porém, se comprovada a culpa dele na morte da jovem, sua permanência no Paraguai ainda será analisada pela Justiça.
 
Redação O POVO Online

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