Traficante brasileiro teria matado prostituta de 18 anos em cela no Paraguai para evitar extradição
Marcelo está preso no Paraguai desde dezembro de 2017O narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, é acusado de matar uma adolescente a facadas dentro de cela no presídio em que está detido, em Assunção, no Paraguai. O crime teria sido para impedir a extradição iminente, autorizada em 30 setembro, de acordo o Ministério Público (MP) do País. O boletim de ocorrência foi registrado pela polícia local neste sábado, 17. Informações são do G1.
Lidia Meza Burgos tinha 18 anos e visitava Marcelo Piloto pela segunda vez, conforme a polícia. Um guarda, que fazia ronda no pavilhão por volta de 13h50min, ouviu gritos vindo da cela de Piloto. Ao verificar o local, encontrou a jovem caída no chão, ensanguentada.
Ela foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu.
[SAIBAMAIS]O promotor Hugo Volpe relata que Piloto teria utilizado faca de mesa para golpear a vítima cerca de 16 vezes, de acordo com informações preliminares da autópsia. Segundo o MP, a jovem era prostituta entrou na prisão fora do protocolo.
Extradição
Marcelo Piloto é considerado um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho. Ele está preso no Paraguai desde dezembro de 2017. Ele estava escondido no País há anos e enviava armas, drogas e munição para abastecer as favelas dominadas pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro.
De acordo com a decisão que determinou sua extradição, Marcelo Piloto só poderia ser entregue às autoridades brasileiras depois da conclusão de dois processos abertos no Paraguai. Ele responde por homicídio e por produção de documentos falsos e violação da Lei de Armas (este último foi julgado na sexta-feira, 16).
Durante a audiência, Piloto manifestou recusa à juiza e ao promotor do caso, segundo o MP paraguaio, para tentar prolongar a burocracia e adiar sua extradição. De acordo com o promotor Volpe, a apelação de Piloto para não ser extraditado está em segunda instância e deve ser julgada em cerca de 15 dias, porém, se comprovada a culpa dele na morte da jovem, sua permanência no Paraguai ainda será analisada pela Justiça.
Redação O POVO Online
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