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Roger Waters fala sobre polêmica em show e diz que luta deve ser "contra os poderosos"

Ao programa Fantástico, o artista afirmou que, como músico, possui também responsabilidade política
10:37 | Out. 15, 2018
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Tipo Notícia
[FOTO1]Em entrevista exclusiva ao programa Fantástico, da TV Globo, nesse domingo, 14, o músico inglês e ex-baixista da banda Pink Floyd, Roger Waters, comentou a polêmica em torno de seu 
posicionamento contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante show em São Paulo na semana passada.
 
O artista exibiu em um grande telão a hashtag "Ele Não" e depois colocou o nome de Bolsonaro em uma lista com líderes políticos considerados neofacistas. O caso dividiu os fãs de Waters entre aplausos e vaias. Alguns chegaram a deixar o show antes do fim.
 
O músico comentou o clima entre o público presente no show do último dia 9, quando as pessoas começaram a gritar "ele sim", "ele não" e "fora PT". Disse que a luta deveria ser "contra os poderosos" e não entre as pessoas que estavam no show.
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Ao Fantástico, ele ainda afirmou que, como músico, também possui uma responsabilidade política. "Eu acredito que todos os artistas, não interessa qual tipo de arte você faça, todos têm responsabilidades de usar a arte para expressar ideias políticas e criar demandas em favor dos direitos humanos para todos", declarou.
 
Roger Waters, que é conhecido por sempre se posicionar politicamente, passou a receber críticas em suas redes sociais. Em entrevista ao programa global, ele comentou que essas pessoas estavam "erradas". "Francamente, para as pessoas que comentaram na minha página do Facebook 'cala a boca e apenas toca a música'. Se você não gosta, não entre no meu Facebook, não vá aos meus shows, ok? Se não gosta, não venha! Tudo isso é ridículo", frisou. 

Ele também pontuou que a hashtag foi exibida no momento errado do show "Durante a música Eclipse eles colocaram a hashtag que desagradou a todos. Aquilo foi um erro. Era para ter aparecido mais tarde durante a música Mother, durante a parte 'Mother should I trust the government?' (mãe, devo confiar no governo?). Seria nessa parte que apareceria 'Ele não'. Aí faria sentido. Mas colocar no meio da Eclipse foi um erro do meu time. Naquela parte da música era para aparecerem pirâmides, lasers coloridos. Estávamos amando uns aos outros. No fim é o clímax depois da jornada longa que atravessamos", explica. 
 
Redação O POVO Online

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