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Cientistas chamam a atenção para necessidade de cuidados com a Amazônia

Reduzir emissão de gás carbônico, do desmatamento e da degradação do solo são alguns dos caminhos que podem potencializar a mitigação dos impactos e, consequentemente, o aumento da temperatura mundial
12:41 | Out. 19, 2018
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Limitar o aumento da temperatura global até 1,5° C é urgente para evitar impactos menores do que a meta de até 2° C, prevista no Acordo de Paris (2015). O alerta foi dado nessa quinta-feira, 18, durante seminário virtual. Participaram do seminário pesquisadores brasileiros que integraram a elaboração do relatório “Aquecimento global de 1,5° C”, publicado no último dia 8 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os pesquisadores são unânimes em defender que será ainda mais difícil mitigar os efeitos causados pelo aumento de 2° C na temperatura global. A partir de 2020, países deverão implementar compromissos firmados no Acordo do Clima de Paris.

Reduzir a emissão de gás carbônico, do desmatamento e da degradação do solo, além de mudança de hábitos e investimento em tecnologias, são alguns dos caminhos que podem potencializar a mitigação dos impactos e, consequentemente, o aumento da temperatura.

No Brasil, o alerta vai, sobretudo, para a Amazônia. “O nosso clima e a nossa agricultura dependem em grande parte da estabilidade ecológica da Amazônia. Evitar desmatamento e degradação das florestas é essencial para evitar passar de 1,5º C”, explica Marcos Buckeridge, um dos autores do relatório.

A pesquisadora Patrícia Pinho escreveu no estudo sobre como o aquecimento afeta a pobreza e desigualdade social. “O aquecimento exacerba essas diferenças. Ele traz vulnerabilidades por gênero, etnias, grupos marginalizados. No contexto do Brasil, isso é muito relevante”, alerta.

Outro ponto fundamental a ser adotado pelas nações, segundo Buckeridge, é a modernização das indústrias. “Quanto mais tempo levar pra fazer investimentos, mais a gente vai gastar no futuro. Não fazer agora é passar a conta para as outras gerações”, pontua.

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