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Dispositivo promete diminuir conta de água até pela metade ao impedir entrada de ar

De acordo com especialista da Cagece, é difícil haver ar nas tubulações onde o abastecimento é regular
17:04 | Mai. 15, 2018
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Um válvula impede entrada de ar no medidor de água e pode diminuir conta até pela metade. Essa é a proposta dos inibidores de ar: evitar que seja cobrado pelo ar na conta de água. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) nega que o ar tenha impacto na conta de água mensal do consumidor. 

O bloqueador é instalado próximo ao hidrômetro. Por telefone, Demétrio Mitre, responsável pela empresa AquaMax, afirma existir ar na rede de abastecimento 24 horas por dia e ser cobrado por ele na conta final do consumidor. “Quando esse ar passa pelo relógio (o hidrômetro) gira até 20 vezes mais rápido”. De acordo com ele, mesmo com pouca quantidade de ar, a conta do consumidor pode ser alterada bruscamente. “1 metro cúbico de ar pode contabilizar até 20 mil litros de água”. 

Cagece
Especialista em controle de perdas da Cagece, Luiz Celso Pinto afirma que “é muito difícil” o dispositivo funcionar onde o abastecimento de água é regular. Entretanto, lugares onde há um rodízio de abastecimento, a válvula pode ter resultado mínimo, segundo ele. Apesar disso, o especialista destaca que o equipamento pode “contaminar a rede de abastecimento”, e afirma que o dispositivo não é recomendável e que a Cagece não cobra pelo ar.

Luiz destaca a presença de “ventosas” nos equipamentos da Companhia que tiram o ar das tubulações. De acordo com ele, as ventosas impedem a presença de ar mesmo em locais onde o abastecimento é irregular. Ou seja, onde há, por exemplo, racionamento e suspensão para manutenção. 

Valor
Demétrio rebate afirmando que a peça “blindada” é como um cano fechado, e não tem contato com o meio externo. Por isso, não tem risco à saúde do consumidor. De acordo com ele, é importante que a compra do produto seja feita em empresas “com credibilidade” para evitar problemas. O preço varia entre R$ 70 e R$ 100 nas lojas de construção. 
 
Redação O POVO Online 

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