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Preso nos EUA, homem que seria maior fornecedor de armas para o Brasil pode ser extraditado

Frederik Barbieri foi preso na madrugada deste sábado, 24. Ministério da Justiça entrou com pedido ao governo americano
17:10 | Fev. 24, 2018
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Acusado pela Polícia Civil de ser o maior traficante de armas para o Brasil, Frederik Barbieri pode ser extraditado ao país de origem. Após a prisão do brasileiro, na madrugada deste sábado, 24, o Ministério da Justiça (MJ) já enviou ao governo americano um pedido para que o detento seja trazido para responder aos crimes à Justiça na nação onde nasceu. 

A prisão foi confirmada pelo titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Fabrício Oliveira. Barbieri tinha cidadania americana. Em maio de 2017, os policiais interceptaram no Rio de Janeiro o que se tornou a maior carga de armas pesadas enviadas ilegamente ao País. Ao todo, foram 60 fuzis de guerra apreendidos no Aeroporto do Galeão. A carga veio em meio a aquecedores de piscina. Conforme as investigações, o rementende da carga bélica seria Barbieri. O objetivo era municiar traficantes da Rocinha e São Gonçalo. O brasileiro foi preso pelo Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) em sua casa, na Flórida. 

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Segundo Oliveira, as investigações no Brasil começaram em 2015 e apontam que Barbieri residia em Miami desde 2010. Com a apreensão no aeroporto, as autoridades americanas também iniciaram uma investigação, no ano passado.

Investigações 

“Foi essa investigação nos Estados Unidos que ocasionou a prisão dele lá, começou com a apreensão do carregamento de fuzis aqui no Galeão, quando começou a investigação das autoridades americanas. A prisão dele é fruto de uma investigação da polícia americana com a ajuda da polícia brasileira, uma força-tarefa ficou uma semana lá”, disse Oliveira.

Para o delegado, a prisão foi um importante passo no combate à violência no estado. “A expectativa é que as remessas ilegais diminuam, uma vez que a gente conseguiu desarticular essa quadrilha. Tem investigações que seguem em sigilo. A gente apreendeu fuzis no aeroporto, mas sabe que ele utilizou diversos outros instrumentos. É muito importante, porque foi fruto de uma força-tarefa entre a Polícia Civil do Rio e agentes americanos, em que a gente consegue colocar o líder de uma organização criminosa na cadeia”, destacou. 

Em nota divulgada neste sábado, o MJ informa que "o pedido de extradição de Frederik Barbieri já foi apresentado para o governo norte americano, mas houve um pedido de documentação complementar. Agora, estão aguardando o Poder Judiciário enviar a documentação complementar devidamente traduzida para o inglês".

Redação O POVO Oline com informações de agências 

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