Participamos do

Número de estudantes imigrantes ou refugiados salta 112% em oito anos no Brasil

São Paulo é o estado que mais recebe matrículas de alunos de outras nacionalidades. Lá, os estudantes se dividem em mais de 80 nacionalidades.
23:18 | Fev. 19, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Levantamento feito pelo Instituto Unibanco com base no Censo Escolar 2016 - realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - aponta que o número de matrículas de estudantess de outros países em escolas brasileiras mais do que dobrou no período de oito anos. Em 2008 foram 34 mil matrículas realizadas ao passo que, em 2016, este número foi de 73 mil.

O levantamento informa que a rede pública é quem mais acolhe estes estudantes. 64% deles estudam nestas escolas. Outro recorte do levantamento é referente ao número de latinos, que formam mais de 40% dos alunos estrangeiros. Em seguida, vêm os europeus, asiáticos e americanos.

O superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, afirma que as escolas públicas não estão preparadas para receber este público. Diante disso, ele destaca que a gestão escolar é imprescindível para promover o acolhimento do aluno e a sua interação com outros estudantes, bem como com os professores. Ele sinaliza que as dois principais desafios residem no idioma e nas diferenças culturais.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Conforme o Instituto Unibanco, orientações de caráter pedagógico ou relacionadas ao recebimento dos imigrantes pelos gestores e professores das escolas ainda são incomuns nas escolas.

Estados

São Paulo é o estado que mais recebe matrículas de alunos de outras nacionalidades. Lá, os estudantes se dividem em mais de 80 nacionalidades. Conforme o Cadastro do Alunos da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, em novembro de 2017 a rede contabilizava 10.298 estrangeiros matriculados, dos quais mais de 4 mil são bolivianos, 1,2 mil são japoneses, aproximadamente 550 angolanos e cerca de 540 haitianos. Depois de São Paulo, vem o estado do Paraná, com 10,7%, e Minas Gerais, com 10,6%.

 

Redação O POVO Online

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente