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Valentina Schulz fala sobre assédio sofrido durante primeira temporada do MasterChef Júnior

Em 2015, milhares de comentários de cunho sexual em relação à Valentina surgiram na internet. Na época, a participante tinha apenas 11 anos de idade
16:53 | Jan. 31, 2018
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[FOTO1]Valentina Schulz, ex-participante do MasterChef Júnior, se posicionou na internet pela primeira vez sobre os assédios sofridos por ela durante a exibição do programa. Em vídeo publicado em seu canal do Youtube no último domingo, 28, a adolescente desabafou sobre o ocorrido e debateu sobre a importância do feminismo. Em 2015, quando o reality show de culinária foi exibido, milhares de pessoas fizeram comentários sexistas sobre a participante.

“Eu realmente estava muito perdida, porque meus pais me blindaram quase cem por cento do que estava rolando, porque eles não queriam que eu lesse aquelas coisas nojentas. Afinal, eu era uma criança de 11 anos”, disse Valentina, sobre os comentários que repercutiram na internet no dia da estreia do programa, 20 de outubro. Após o ocorrido, várias mulheres prestaram apoio à participante por meio da tag #MeuPrimeiroAssédio. Segundo o vídeo, foram mais de 80 mil publicações com a hashtag no dia em que a campanha foi criada.

Na campanha #MeuPrimeiroAssédio, promovida pela Juliana de Faria do ThinkOlga, milhares de mulheres compartilharam situações em que se sentiram assediadas pela primeira vez. “A melhor parte dessas pessoas terem aberto o coração e contado todas as histórias foi que as pessoas conseguiram entender que assédio não é uma coisa que acontece quando você tem 30 anos e está saindo da balada às duas da manhã. Acontece quando você é uma criança e está indo para a escola. Acontece quando você é adolescente. Acontece de maneiras nojentas e em lugares que deviam ser de confiança”, ressaltou.

No vídeo, ela aproveitou para fazer um apelo: “As pessoas têm que perceber que a culpa não é da pessoa que está sendo assediada. Ela usa a roupa que ela quiser, ela sai de casa na hora em que ela quiser. Ou, na real, ela deveria poder”, concluiu.

 

Redação O POVO Online

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