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MPF recomenda que Santander reabra a exposição Queermuseu

O órgão deu prazo de 24 horas para que o Santander Cultural responda se vai ou não acatar a recomendação
22:12 | Set. 28, 2017
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O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF/RS) encaminhou ofício ao Santander Cultural, nesta quinta-feira, 28, recomendando a reabertura imediata da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença da Arte Brasileira até a data original do encerramento da mostra, fechada pela direção do banco em 10 de setembro. O calendário inicial tinha previsão de ficar exposta até 8 de outubro.

De acordo com informações do Estadão, o órgão deu prazo de 24 horas para que o Santander Cultural responda se vai ou não acatar a recomendação. O departamento jurídico do Santander Cultural já foi comunicado e se manifestará nesta sexta-feira, 29.

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Em Porto Alegre, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) referendou decisão de primeiro grau e rejeitou abertura da exposição cultural ao sustentar que o encerramento prematuro da mostra não evidencia o alegado dano ao patrimônio artístico e cultural nacional.

Conforme recomendação da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, os organizadores da exposição poderão adotar medidas informativas ou de proteção à infância e à adolescência no que se refere a eventuais representações de nudez, violência ou sexo nas obras expostas e também medidas visando a garantia da segurança das obras e dos visitantes.

O futuro da exposição pode ser definido até o fim da semana devido à intenção do Museu de Arte do Rio (MAR) receber a mostra. Em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, o curador da exposição, Gaudêncio Fidélis, confirmou ter sido contatado pela instituição e disse que as tratativas estão em andamento. Além do MAR, museus de Brasília, São Paulo, Bahia e de Belo Horizonte, assim como uma instituição americana, demostraram interesse em expor a Queermuseu.

Exposição

O MPF também recomenda que o Santander Cultural realize uma outra exposição em proporções e objetivos similares à que interrompeu, preferencialmente com temática relacionada à diferença e à diversidade, e que fique aberta a visitação em período não inferior a três vezes o tempo em que a Queermuseu permaneceu sem visitação – 19 dias, até o momento.

Redação O POVO Online

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