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Brasil é o 2º país a criar graduação em Digital Influencer

Universidade na China já oferece a formação. No Brasil, o curso será ofertado em Recife, com duração de dois anos
14:56 | Ago. 25, 2017
Autor O POVO
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[FOTO1] Produzir conteúdo, influenciar costumes através dos seus, e, sobretudo, divulgar produtos e serviços são algumas das atribuições de um Digital Influencer. Eles são os queridinhos da vez quando o assunto é marketing digital. Através do alcance que possuem na Internet, os influenciadores digitais têm sido cada vez mais requisitados para divulgar marcas. O Centro Universitário Brasileiro (Unibra), no Recife, iniciará em 2018 a primeira turma de graduação em Influenciador Digital do País. 
 
Segundo Renata Maia, reitora da Unibra, o Brasil será o segundo país a oferecer o curso, ficando atrás apenas da China, onde a formação é mais voltada para moda. Por aqui, a graduação de curta duração (dois anos) pretende formar os profissionais numa linha multidisciplinar, englobando conhecimentos de Jornalismo, Moda, Marketing, Comunicação Digital e Direito. 
 
Segundo o site da instituição, esse futuro profissional poderá desempenhar funções como planejamento estratégico de marketing, comunicação digital, gestão de mídias sociais, técnica de vídeo e escrita. O novo curso oferecerá disciplinas como Economia, Youtubers, Maquiagem e Modelagem Visual, Inglês, Edição de Vídeos, dentre outras. 
 
Renata afirma que a Unibra teve a iniciativa após observar o crescimento da demanda nesse segmento. Depois de concluir os quatro períodos letivos, os discentes receberão o título de Tecnólogo(a) em Influenciador Digital. 
 
Para a Digital Influencer e Publicitária Cris Moreira, a ideia de “profissionalizar a função só vem a agregar”, uma vez que pode municiar esse profissional com conhecimentos, por exemplo, em marketing e pensamento estratégico. Cris tem mais de 54 mil seguidores no Instagram e conta que trabalha como influenciadora digital há seis anos. 
 
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Soraya Madeira, professora do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará (UFC), avalia que é arriscado criar uma formação superior em uma carreira tão recente, que o mercado e as pessoas ainda não sabem muito bem como lidar. “Além de ser (uma profissão) muita nova pra trabalhar numa graduação, ainda está num momento de experimentação de vivência dessas figuras”, reflete Soraya. 
 
A professora considera positivo preparar melhor esse profissional que produz conteúdo, "uma moeda valiosa na publicidade", e que fazem uma boa ligação entre marca e consumidor. Contudo, ela defende que uma graduação precisa abordar muitas questões éticas e jurídicas, uma vez que os digitais influencers têm responsabilidade perante seus públicos. 

“(O curso) tem que dar base para refletir sobre aquilo que se vai produzir. Trabalhar influência não é só fazer um vídeo, uma maquiagem ou uma foto. Tem critérios mais profundos”, conclui Soraya.
 
A curta graduação em Digital Influencer ainda não é aprovada pelo Ministério da Educação (Mec). Segundo a reitora da Unibra, o processo está em tramitação. Em maio deste ano, a instituição recebeu credenciamento do Mec, válido por cinco anos, que dará mais autonomia na criação de novos cursos.

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