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Após polêmica sobre sermão, padre Fábio de Melo pede desculpas no Twitter

O vídeo de um sermão dado em 2006 foi compartilhado e acendeu discussões. Nesta segunda-feira, 27, o padre se retratou em sua página no Twitter
23:27 | Jun. 27, 2016
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No último domingo, 26, o usuário Thiago Pasqualotto compartilhou no Twitter vídeo de sermão dado pelo padre Fábio de Melo em missa ocorrida há 10 anos, na cidade de Cachoeira Paulista (SP). Na gravação, ele falava sobre violência doméstica, e seu posicionamento provocou polêmica nas redes sociais.

No sermão, cujo tema era "amor próprio", o religioso defendeu que no caso de agressão contra as mulheres, elas determinam o tratamento dado por seus companheiros no futuro.

 

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"As mulheres que são agredidas fisicamente pelos seus maridos, no dia em que ela recebe a primeira agressão, ela que vai determinar para ele se ele vai ter o direito de agredi-la a vida inteira ou não, é o jeito como ela olha para ele, não é nenhuma palavra, não é nenhum grito que vai dizer não me bata, mas é o seu jeito de ser mulher. O agressor só se torna agressor porque a vítima o autoriza", disse na época.

Veja o vídeo compartilhado na rede social:

[VIDEO1]

Os internautas consideraram a pregação machista e debateram com ele a questão da violência doméstica. "O silêncio da vítima às vezes é a sobrevivência dela", disse uma usuária do Twitter.

Outros ponderaram a situação, considerando o erro ter sido a linguagem usada. “Eu até entendi o que ele quis dizer, mas que escolha péssima de palavras!”, tuitou outra usuária.

[VIDEO2]

Padre Fábio, que é celebridade nas redes sociais, respondeu, nesta segunda-feira, 27, ao usuário que compartilhou o vídeo. “Prezado @thiago_p, o vídeo creio ser de 2006. Na época eu falava das mulheres que não denunciam os agressores. Eu motivava a denúncia”.

[VIDEO3]

Horas depois, ele pediu desculpas pelas palavras usadas na pregação e afirmou que não pretendeu culpabilizar a vítima. “Peço perdão. [...] Apenas salientei que a não denúncia reforça o agressor. É muito desconfortável ser promotor do que abominamos. Culpar a vítima é abominável. Se fui infeliz na linguagem, resta-me retratar”, tuitou.

 

Redação O POVO Online

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