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Val Marchiori é denunciada por fraude pela Procuradoria de SP

Ela teria obtido financiamento de R$ 2,79 mi do BNDES e cometido crime de colarinho branco
21:51 | Mai. 19, 2016
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Tipo Notícia

Conhecida do público por suas polêmicas no reality “Mulheres Ricas” da Band, no ano de 2012, Val Marchiori foi denunciada pela Procuradoria da República em São Paulo por crime de colarinho branco por obter “mediante fraude” dinheiro do Programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisição de caminhões, em 2013. Se condenada, poderá ter pena de reclusão de dois a seis anos e multa.

A denúncia de 9 de maio também acusa um dos irmãos de Val, Adelino Marcos de Marchiori, e Alexandre de Melo Canizella, gerente-geral da agência do Banco do Brasil no bairro nobre Jardins, em São Paulo, na época do crime. Na acusação, a socialite era administradora da empresa Torke Empreendimentos e Participações Ltda. e solicitou financiamento ao BB, credenciado ao BNDES, para compra de cinco caminhões e cinco semirreboques.

Segundo o conteúdo da investigação divulgado pelo repórter Fausto Macedo, do Estadão, Adelino precisava de equipamentos adequados para desempenhar as atividades de transporte da sua empresa Veloz Empreendimentos Participações e Administração de Bens. Ele teria procurado sua irmã e “a induziu a obter, através da empresa que administrava, Torke Empreendimentos, um financiamento destinado à aquisição de caminhões”, já que a empresa dela “reunia, em princípio, as condições necessárias à concessão do empréstimo junto ao BNDES”.

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A Procuradoria afirma que Canizella foi o responsável pelo financiamento pretendido e teve “fundamental participação na conduta criminosa desempenhada por Valdirene”. O então gerente do Banco do Brasil teria instigado Val a alterar o contrato social de sua empresa para “adequá-la às exigências do financiamento”, de acordo com a denúncia. Essa alteração no intuito de obter o dinheiro do BNDES é considerada como fraudulenta e foi caracterizada como “flagrante falsidade ideológica, sem a qual simplesmente não seria possível o financiamento”, já que a nova informação inserida no documento da empresa dela é falsa.

Val disse em depoimento que seu marido estava contratando empresas de transportes para a Big Frango/Jandelle, de propriedade dele. Seu irmão e seu esposo a sugeriram a aquisição de caminhões, pois a empresa Jandelle iria precisar. Ela informou que mantém conta da Torke na mesma agência do Banco do Brasil desde 2006 e que há um saldo de R$ 3 milhões. Alexandre Canizella declarou que pode apenas orientar sobre qual atividade social a empresa deve ter para solicitar empréstimos e não sobre alterar o contrato ou objeto social da mesma. Ainda segundo ele, o financiamento não seria concedido se a atividade informada fosse a anterior.

O advogado criminalista de Val Machiori enviou ao repórter do Estadão, Fausto Macedo, um texto onde a socialite se manifesta sobre o assunto:

Prezado Fausto Macedo, bom dia.
Sou advogado criminalista da Sra. Val Marchiori.
COM A PALAVRA, VAL MARCHIORI:
“Alguns veículos de comunicação noticiaram na manhã de hoje que eu, Val Marchiori, teria sido denunciada pelo Ministério Público Federal pela suposta prática do crime de falsidade ideológica. Espanta-me que a imprensa disponha dessa informação antes de mim e de meus advogados, uma vez que o procedimento por meio do qual fui investigada, e no qual cabalmente restou demonstrada minha inocência, tramitou em sigilo e ficou indisponível para consulta desde o oferecimento da denúncia.
Considerando, então, que eu e meus advogados ainda não tivemos conhecimento do exato teor da acusação, não a discutirei agora.
Registro, porém, que nada fiz de errado. Todas as minhas atividades, bem como as da empresa Torke, foram e são absolutamente lícitas e regulares.
Repudio veementemente a acusação, e tenho a certeza de que o Poder Judiciário não se deixará pressionar e impressionar pela publicidade indevidamente dada a esse caso. Confio, assim, na rejeição da denúncia.”

Redação O POVO Online

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