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Desempregada, professora de Direito conta como virou prostituta de luxo

A mulher, de 34 anos, mantém um blog sobre sua rotina de trabalho, experiências sexuais com clientes e até dicas para pessoas interessadas em contratar seus serviços
14:30 | Mai. 31, 2016
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Diante de uma situação adversa, ex-professora de Direito, Cláudia de Marchi, 34, mudou de profissão. Depois de perder o emprego em uma faculdade e abandonar a carreira de 11 anos como advogada, ela se tornou acompanhante de alto luxo, em Brasília. Desde abril, ela atende pelo nome de Simone Steffani.

As contas a pagar e o desemprego influenciaram na sua decisão, além disso ela recebeu o incentivo e a permissão da própria mãe.  Ela descreve a rotina de trabalho em um blog.

Blog
Como professora, Cláudia já mantinha um blog sobre feminismo, política, entre outros assuntos. Já como Simone, ela publica as experiências sexuais durante os atendimentos e até normas de etiqueta para os homens que desejam contratar seus serviços.

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Em entrevista ao G1, ela disse que pretende permanecer na profissão por, pelo menos, dez anos e os registros também servem como arquivo, caso ela queira escever um livro. Como a maioria da clientela é fixa, retorna toda a semana, de vez em quando, acontecem episódios de ciúmes.

Clientes
Por ser muito seletiva, ela contou que chega a perder, pelo menos, R$ 1 mil por dia ao descartar clientes.“Faço o que faço por gostar! E é por isso que não acato clientela inculta, vulgar ou sem finesse”, disse.

Pseudônimo
Simone é uma homenagem à intelectual feminista Simone de Beauvoir. O sobrenome Steffani simplesmente combinou.

Apoio da mãe
A ideia surgiu após a mãe de Cláudia ter se impressionado com a vida de algumas prostitutas entrevistadas em um programa de TV, em junho de 2015.

Em fevereiro deste ano, Cláudia perdeu o emprego, então ela decidiu questionar a mãe sobre a proposta.

“Perguntei para ela: 'mãe, e se eu resolvesse virar prostituta?' Ela me respondeu de imediato que esta seria a melhor decisão da minha vida, já que eu estava desempregada, não pretendia casar e nem entrar em um cargo público”, relatou.

Elas que moravam em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, optaram por mudar de cidade. Na opinião dela, esta não é uma profissão para o interior.

Atuando no mercado
Para entrar na profissão, Simone produziu um ensaio fotográfico sensual, sem nudismo, para enviar aos sites de catálogo de garotas de programa. Ela acreditava que a idade lhe prejudicaria com os clientes, mas estava enganada.

Para manter o anúncio no catálogo virtual, ela paga R$ 400 e mais o apartamento, que não revelou o valor. Simone costuma receber um cliente por dia, ou no máximo dois, para atender os homens que já são conhecidos, e cobra R$ 500 por hora. Uma noite inteira custa R$ 2,5 mil e a companhia em viagens sai por R$ 1,5 mil a diária.

Redação O POVO Online

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