Campanha no Facebook propõe boicote ao programa "O Sexo e as Negas"

A série criada por Miguel Falabella, com o nome de ‘ O Sexo e as Negas’, tem dado o que falar desde a última semana. Com estreia marcada para a próxima terça-feira, 16, a atração já recebeu 11 denúncias de racismo na ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Na internet, uma campanha de boicote ao seriado _ Boicote Nacional ao programa “Sexo e as negas” da rede globo_ ganhou mais de 26 mil adeptos. O objetivo é mobilizar o maior número de pessoas contra o que seria uma representação depreciativa da mulher negra.

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O ator e produtor Miguel Falabella também se manifestou pelas redes sociais, contra as críticas: “(...) Dói-me ver a luta de meus colegas negros na nossa profissão. As oportunidades são reduzidas, não trabalham sempre e, sem exercício, não há aprendizado, como sabemos. Pensei que aquela ideia, surgida numa feijoada, na Cidade Alta de Cordovil, pudesse ser um programa que refletisse um pouco a dura vida daquelas pessoas, além de empregar e trazer para o protagonismo mais atores negros. Basicamente, foi essa a ideia e nem achei que iriam aceitar o programa.Qual é o problema, afinal? É o sexo? São as negas? As negas, volto a explicar, é uma questão de prosódia. Os baianos arrastam a língua e dizem 'meu nego', os cariocas arrastam a língua e devoram os S. Se é o sexo, por que as americanas brancas têm direito ao sexo e as negras não? Que caretice é essa?”

As queixas ao seriado, que é uma adaptação da produção americana “Sex and the City”, foram analisadas pela Secretaria e a Rede Globo de Comunicação foi autuada. A emissora deve encaminhar informações e esclarecimentos a cerca das acusações de racismo.

“O Sexo e as Negas”, que tem como protagonistas as quatro atrizes Karin Hils, Lílian Valeska, Maria Bia Martins e Corina Sabba, estreia na próxima terça-feira, 16.

Redação O Povo Online

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