Mulher morta após ser espancada é enterrada em São Paulo
Foi enterrado, nesta terça-feira, 6, o corpo de Fabiane Maria de Jesus, que foi espancada e morta no último sábado, 3, no Guarujá, em São Paulo. A dona de casa foi confundida com uma suposta seqüestradora de crianças.
O enterro aconteceu no cemitério Jardim da Paz, no bairro Morrinhos, onde Fabiane morava e foi morta. Todo o cortejo foi acompanhado por centenas de pessoas, que levaram cartazes com pedidos de justiça.
Em entrevista à Agência Brasil, o advogado da família da vitima, Airton Sinto, falou da necessidade de o Congresso Nacional aprovar uma lei específica para punir os casos de má utilização das redes sociais e da internet que resultem em crimes contra a integridade física.
“Fabiane morreu em virtude, principalmente, da leviandade do administrador da página [Guarujá Alerta] que disseminou falsos boatos e alarmou toda a comunidade de Morrinhos [bairro onde Fabiane morava com o marido e as duas filhas]”, acusou o advogado.
“É necessário aprovar legislação específica para casos de utilização da rede social de forma irresponsável que causem dano efetivo à integridade física ou à vida de alguém”, acrescentou Sinto.
As investigações para apontar os autores do boato e os responsáveis pelo linchamento estão sob a responsabilidade do 1º Distrito Policial de Guarujá. Parentes de Fabiane já foram ouvidos. Imagens registradas por aparelhos celulares podem ajudar a identificar os agressores. De acordo com Sinto, algumas das pessoas que aparecem no vídeo já foram identificadas.
Na própria rede social, o administrador da página Guarujá Alerta divulgou que está colaborando com as investigações e que não se manifestaria sobre o assunto para não atrapalhar o trabalho da polícia. Ele se defendeu no site alegando que sempre alertou os leitores da página de que a situação poderia se tratar apenas de boato.
Redação O POVO Online, com informações da Agência Brasil
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