Participamos do
Imagem destaque

Como escolher a música certa para uma festa bem-sucedida?

Além do buffet e da decoração, o som é item fundamental de um evento. O pianista cearense Felipe Adjafre, que soma 17 anos de carreira, dá dicas de como planejar o sucesso musical de uma festa
08:00 | Fev. 01, 2019
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Seja em casamentos, aniversários ou eventos corporativos, a música é elemento essencial. Ela é responsável por deixar a ocasião mais divertida e, muitas vezes, emocionante. Por isto, tratá-la como prioridade é importante. Organizar a programação e analisar o currículo dos músicos são atitudes que contribuem para que cada momento funcione da melhor forma possível. O mercado da música é composto por centenas de profissionais. Para não errar na escolha, Felipe Adjafre, 37, pianista há 17 anos, aconselha como primeiro passo determinar o tipo de festa desejada. “O importante é o que o cliente quer e o que ele gosta. Ele pode gostar de forró, música alternativa ou algo mais instrumental.”

Proprietário da Adjafre Produções Artísticas, o músico pontua que é importante aproveitar o tempo que antecede a festa para pesquisar. “Olhar o currículo do profissional e a instabilidade dele no mercado é importante. Hoje, temos as redes sociais, onde o cliente consegue ver o dia a dia de cada profissional e criar uma identidade e simpatia pelo seu trabalho.” Falar com pessoas que já contrataram o músico também é, de acordo com o pianista, uma maneira de conhecer melhor o trabalho do possível fornecedor do serviço musical. Além disso, marcar uma reunião antes de fechar o contrato é fundamental. “Nada como o olho no olho, para sentir o que o profissional tem a oferecer”, frisa.

A programação musical requer também planejamento. “Acho legal mudar, inovar, criar situações e até misturar os estilos, mas tudo deve ser feito de acordo com o gosto do cliente. A festa tende a crescer, então pode começar com algo mais sutil, com instrumental, e terminar com DJ ou forró.” O músico defende que não existe atração ruim, mas, sim, fora de ordem. “Organizar da maneira correta é muito importante.”

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Além da obviedade

Felipe Adjafre, que ganhou em 2016 o título de recorde nacional após tocar por 13 horas ininterruptamente, entrou no universo da música aos nove anos, mas só aos 20 anos decidiu dedicar-se inteiramente ao piano. “Essa questão da música sempre partiu de mim. Ela sempre mexeu comigo.” Junto ao lado musical, veio também o empreendedor. Nasce assim a Adjafre Produções Artísticas, composta por músicos de diferentes estilos musicais. “Hoje, temos muitos parceiros. Quando o cliente senta comigo e quer sertanejo, apesar de não ser meu estilo, consigo entender todas as necessidades dele. Se ele também quiser um violinista para tocar cinco músicas, eu tenho.”

A empresa possui ainda segmento de locação de piano. O músico explica que o fato de ter começado no mercado há muitos anos fez com que ele sentisse vontade de tornar o instrumento mais acessível em festas e estabelecimentos. “Tive a ousadia de comprar mais pianos a fim de atender o sonho do cliente de ter um piano em seu evento, hotel ou restaurante.” A iniciativa faz parte da estratégia de popularizar o instrumento e se vender como músico múltiplo. “As pessoas acham que é um instrumento elitista. Não deixa de ser. Mas eu sempre quis levar o piano para todo tipo de público, independente da classe social”, afirma.

Adjafre também frisa que utiliza o piano para tocar músicas além das clássicas. Com esse intuito, o músico criou o projeto Piano, Zabumba e Triângulo, onde usa instrumentos regionais para tocar estilos como xote e forró. “Uso também o zambuba e o triângulo para tocar estilos mais característicos do piano, a exemplo de jazz, tango, bossa nova. Músicas de Chico Buarque e Tom Jobim”, complementa.

Música para todos

O músico criou o projeto Recital Solidário, que em 2019 completa sete anos. A ação acontece mensalmente e arrecada alimentos não perecíveis, que são doados para instituições carentes. “Hoje, acontece na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). O ingresso é simbólico e pedimos doação de alimentos.” Apresentações no restaurante Santa Grelha, na praça de alimentação do shopping RioMar Fortaleza e no projeto Pôr do Sol, da Secretaria Municipal de Turismo (Setfor), estão, ainda, na agenda de trabalho de Adjafre. Este último foi a abertura oficial do Réveillon de Fortaleza 2018.

Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Imagem destaque
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags