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Natação é bom esporte para idosos que não querem ficar parados

Natação é bom esporte para idosos que não querem ficar parados
23:21 | Jun. 13, 2017
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Treinos diários e preparação mais focada em semanas de competição. A rotina totalmente usual na vida de um atleta ganha um contexto diferente pela faixa etária dos envolvidos. Entre 75 e 90 anos, os integrantes da equipe máster de natação do Círculo Militar se mantêm ativos nas piscinas, mostrando uma longevidade que impressiona.


Ayrton Façanha (90), Bill Rôla (83), José Mário (86), José Alexandre (80) e Edilson Pires (75) estão aposentados das carreiras profissionais, mas encontraram no esporte a possibilidade de fugir da ociosidade. Todos participam de um calendário intenso de campeonatos durante o ano, com viagens para outros estados e países, e medalhas e troféus acumulados em casa.


“Eu gosto do esporte. Me sinto ocioso ao ficar em casa. (Este grupo) não é importante só pelo lado da atividade física, é bom para a vida”, diz Façanha, que, além de mais velho, é o líder logístico da equipe. Antes da natação, ele se dedicou ao atletismo e ao tiro esportivo durante os tempos em que foi oficial do Exército.

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Quem tem trajetória similar é Bill. Oficial da reserva da Polícia Militar e dentista, ele teve uma carreira abreviada no futebol profissional após duas retiradas de meniscos dos joelhos. Migrou para o tênis, onde ficou até os joelhos permitirem, e descobriu a natação há seis anos. “Eu gosto de me sentir desafiado. Busco sempre ganhar. Se perder, é porque o outro foi melhor”, elabora.


Na agenda do grupo, duas viagens já estão programadas. Nos próximos dias 24 e 25, Brasília para a disputa do Nacional. Em julho, será a vez do Norte-Nordeste, em João Pessoa. Tudo isso intercalando com as etapas do Estadual, que acontece no decorrer do ano.


Já treinando juntos há cerca de cinco anos (cada um entrou em uma época diferente), o clima fora da água é de total camaradagem. Brincadeiras com as próprias idades são extremamente frequentes.


Entre eles, não se diz quem é o mais velho, e sim, qual o “mais idoso”. Piadas sobre a situação de joelhos e outras articulações também compõem o repertório da amizade.


O clima de integração é genuíno, mas conhece limites quando eles caem na piscina. A saúde e a amizade são os grandes benefícios. Porém, a competitividade e a vontade de obter bons resultados são o que dão sentido à empreitada. “O que nos move é realmente a competição”, arremata Edilson.

 

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