Estudos e novos medicamentos geram inovações nos cuidados
inovaçõesApesar da quantidade de novos tratamentos para diabetes e obesidade (como terapias com uso de células-tronco, formulações de insulina e medicamentos que visam o controle da glicemia e a perda de peso), o número de pessoas com alterações metabólicas que tem acesso a tais tratamentos, bem como a um plano de acompanhamento, ainda é considerado pequeno.
O médico endocrinologista e professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Bruno Geloneze, lembra a evolução dos tratamentos: "Entre os anos 1970 e o início dos anos 1990, foram descobertos hormônios produzidos pelo tubo digestivo, pelo intestino e até pelo estômago. Percebeu-se que pessoas com excesso de hormônios que dão fome ganhavam mais peso".
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Além disso, com a cirurgia bariátrica e a perda de fome decorrente de dois hormônios (grelina e aumento do GLP1), houve mudança no rumo de algumas pesquisas, levando ao desenvolvimento de medicações baseadas na fisiologia do próprio organismo.
"Um medicamento assim pode ajudar no controle do diabetes e reduzir a fome", explica. O especialista destaca que as pessoas não imaginavam que remédios análogos ao GLP1 — como a semaglutida (Ozempic, Wegovy) e a tirzepatida (Mounjaro) — estimulariam a produção de insulina e passariam a melhorar a glicose, diminuir a fome e aumentar a saciedade". Esses medicamentos promovem a redução de peso em pacientes com obesidade e diabetes tipo 2, diminuindo também os riscos cardiovascular, de AVC e de insuficiência renal. "Estamos aqui, em termos de perspectiva, no melhor dos mundos", acrescenta o pesquisador. (Neila Fontenele)