Dengue pode ser confundida com Covid-19; conheça particularidades dos sintomas e prevenção

A dengue pode ter características clínicas iniciais parecidas com as da gripe, de resfriado ou até mesmo de Covid-19. A recomendação é que a pessoa procure uma Unidade Básica de Saúde ao apresentar os sintomas.

Algumas doenças possuem manifestações de sintomas semelhantes entre si. Conforme o comunicado da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a dengue pode ter características clínicas iniciais parecidas com as da gripe, de resfriado ou até mesmo de Covid-19.

Em relação à dengue, os sintomas iniciais são variáveis, mas é comum que o paciente apresente febre, em um período de dois a sete dias, comumente associada à dor de cabeça, adinamia (fraqueza muscular), dores nas articulações e dor nos olhos.

Manchas na pele também são indícios da contaminação. A doença pode ainda evoluir, por isso é fundamental ter conhecimento sobre os sinais de alerta da doença. O diagnóstico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – Dengue, Zika ou Chikungunya – é feito com exame de sangue.

Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “A identificação precoce possibilita intervenção rápida para evitar que o paciente desenvolva um quadro crítico da doença”, explica Tânia Mara Coelho, médica infectologista e diretora técnica do Hospital São José (HSJ), unidade da Sesa.

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O agravamento da arbovirose pode ocasionar complicações diversas: “A piora do quadro pode ocasionar hemorragias graves e disfunção de outros órgãos. Há risco de afetar o coração, causar insuficiência hepática e, em menores casos, insuficiência renal aguda”, reforça a infectologista.

Em crianças, a dengue pode ser assintomática ou com um quadro febril, o que pode dificultar o diagnóstico. “Na criança, a dengue surge como qualquer outra virose, adinamia, sonolência, vômitos, diarreia, etc. O acompanhamento médico deve ser buscado, inclusive para indicação de exames laboratoriais quando necessário”, orienta Coelho.

Os sintomas nas gestantes são os mesmos apresentados nos adultos, com a ressalva de que nelas os cuidados com o sangramento são maiores. “Há um risco aumentado para aborto e baixo peso do bebê ao nascer”.

Segundo os dados do IntegraSUS, plataforma de transparência do Governo do Ceará, o Estado registrou neste ano de 2021, 26.321 casos notificados de arboviroses, sendo 91,57% de casos de dengue; 6,21% de Chikungunya e 2,23% de Zika. 

Em relação ao ano de 2020, o Ceará teve um total de 44.168 casos notificados, sendo 90,06% de casos de dengue; 8,28% de Chikungunya e 1,66% de Zika.

SARS-CoV-2

Desde o início da pandemia da Covid-19, conforme os dados do IntegraSUS, o Ceará totaliza 869.161 casos confirmados de infecções e 22.182 óbitos pela doença. A Covid-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% dos pacientes infectados podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos sintomas).

Aproximadamente 20% dos casos detectados requerem atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

Com relação aos efeitos do coronavírus, o Ministério da Saúde classificou a doença nas seguintes categorias, conforme a expressão de seus sintomas:

  • Caso assintomático: caracterizado por teste laboratorial positivo para Covid-19 e ausência de sintomas;
  • Caso leve: caracterizado a partir da presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta ou coriza, com ou sem de perda de olfato e paladar, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, fadiga e/ou cefaleia;
  • Caso moderado: os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da doença (tosse persistente e febre persistente diária), até sinais de piora progressiva de outros sintomas (fraqueza, prostração, falta de apetite, diarreia). Além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade;
  • Caso grave: considera-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave, a Síndrome Gripal que apresente dificuldade de respirar, desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto;
  • Caso crítico: a pessoa apresenta síndrome do desconforto respiratório agudo, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva.

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