Maioria apoia direitos ao casamento de LGBT+ e leis contra discriminação, aponta pesquisa

Pesquisa mostrou maior aceitação da população em relação aos direitos da população LBGT+. Além disso, aumentou também o reconhecem de pessoas como LGBT+.

Uma pesquisa do Instituto Ipsos, feita em 27 países, mostrou maior aceitação da população em relação aos direitos dos grupos minoritários LBGT+. No entanto, a pesquisa também mostrou que essa aceitação ainda não é uniforme.

A maioria das pessoas entrevistadas tem visões favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e a leis que punam a discriminação baseada em orientação sexual ou identidade de gênero.

A pesquisa foi feita com 19.069 entrevistados entre 23 de abril e 7 de maio de 2021. No Brasil, foram cerca de 1 mil entrevistados. As informações são do G1.

Confira alguns dados e porcentagens do estudo:

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  • Cerca de 42% dos brasileiros que responderam a pesquisa, já se posicionaram contra um caso de preconceito homo ou transfóbico que presenciou.
  • A maioria (54%) dos entrevistados no mundo apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, enquanto 16% são a favor de outro tipo de reconhecimento legal para esses casais.
  • No Brasil, 55% são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, enquanto 14% apoiam outra modalidade de reconhecimento legal. Os que se opõem a qualquer tipo de status para esses casais somam 18%.
  • Nos EUA, tanto a maioria de eleitores do Partido Democrata (81%) quanto do Partido Republicano (64%) apoiam casamento ou outro tipo de reconhecimento legal para pessoas do mesmo sexo.
    A maioria no mundo (61%) é a favor da adoção por casais do mesmo sexo. No Brasil, esse percentual chega a 69%. Nos EUA, 72%.
  • Cerca de 55% dos entrevistados são a favor de leis contra a discriminação das pessoas LGBT+; percentual chega a 65% no Brasil.
  • A maioria acredita que as pessoas LGBT+ possam ser abertas quanto a sua orientação sexual (51% no mundo, 55% no Brasil) e que atletas não heterossexuais assumam suas orientações (50% no mundo, 60% no Brasil).
  • Porém, uma minoria acredita que essa população possa demonstrar afeto em público (37% no mundo, 42% no Brasil) e que deva haver mais personagens LGBT+ na televisão, nos cinemas e nos comerciais (35% no mundo, 46% no Brasil).
  • Há uma divisão quanto à participação de pessoas trans no esporte de acordo com o gênero que se identificam: 32% a favor, 32% contra e 36% não sabem. No Brasil, a aceitação é maior: 49% das pessoas que responderam são favoráveis.

 

A pesquisa aponta que dos 27 países incluídos, apenas a Rússia e a Malásia registraram maioria que se opõe a qualquer tipo de reconhecimento legal aos casais do mesmo sexo. Em questões jurídicas, a legislação russa não pune relações homossexuais, mas proíbe a "propaganda de relações sexuais não tradicionais" e não reconhece uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Já a Malásia criminaliza relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.

A pesquisa Ipsos destaca que o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo aumentou ou se manteve estável na comparação com 2013. Os maiores aumentos são registrados na Argentina, nos EUA, na Hungria, no Japão e na Itália. Desses, apenas o Japão e Hungria não reconhecem esse tipo de união civil.

Além disso, cada vez mais pessoas se reconhecem como LGBT+ ou assumem que têm atração por pessoas do mesmo sexo. O dado é baseado no aumento mais evidente da comparação entre as gerações: há mais gente que se define como gay, lésbica, bissexual entre os adultos mais jovens do que entre os mais velho. Mesma coisa para pessoas que se identificam com gênero diferente do biológico.

Sobre o Brasil

 

Em 14 de maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou a Resolução 175, que passou a garantir aos casais homoafetivos o direito de se casarem no civil. Com a resolução, tabeliães e juízes ficaram proibidos de se recusar a registrar a união.

Dois anos antes, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha criado uma jurisprudência ao proferir decisão favorável a duas ações que pediam o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.

Mais recentemente, em 2019, o STF permitiu a criminalização da homofobia e da transfobia. Os ministros consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser enquadrados no crime de racismo.

*Com informações do G1

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