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Canal TV fechada lança série com histórias de vida de lutadoras de MMA; atleta cearense é uma das personagens

18:40 | Nov. 28, 2018
Autor Bruno Balacó
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Bruno Balacó Jornalista de esportes
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Tipo Notícia

[FOTO1] O universo de uma lutadora de MMA vai muito além da rotina de treinos, sacrifício para o corte de peso e as batalhas intensas travadas no octógono. Fora do ambiente de lutas, elas riem e choram; vivem alegrias e decepções; passam por problemas familiares, driblam o preconceito e vivem também dias de glória. Com o objetivo de oferecer ao espectador um olhar humanizado sobre as histórias de vida das principais atletas brasileiras que desbravaram o mundo através das artes marciais, a série "Mulheres da luta" chega neste fim de semana ao canal de TV fechada GNT. O episódio de estreia vai ao ar neste domingo (2), as 22h (horário de Fortaleza). 

Dirigida por Flávio Barone, a série traz um tom poético, e não violento, focando como as mulheres têm de se provar o tempo todo em ambientes tradicionalmente masculinos, como o da luta. "Precisei me envolver diretamente com dois universos – o do MMA e o das mulheres – fugindo de um registro masculino. Para isso, contei com uma equipe feminina forte, entre roteiristas, fotógrafas e produtoras. O resultado foi um olhar híbrido, fora do padrão 'sangue, suor e lágrimas' comum em histórias assim.", explicou Barone, durante a apresentação da série à imprensa, na última segunda-feira, em São Paulo. 

A série "Mulheres de luta", produzida pela Conspiração Filmes em parceria com o UFC e o canal Combate, é dividida em oito episódios, trazendo a história de vida de atletas como Jéssica Bate-Estaca, ex-desafiante ao cinturão do pesos-palha do UFC, além de recortes das trajetórias de Cris Cyborg (campeã do peso-pena feminino do UFC) e Ronda Rousey (primeira estrela mundial do MMA feminino).

 

O segundo episódio é dedicado inteiramente a uma atleta cearense: Viviane Sucuri, uma das grandes promessas do MMA brasileiro nos últimos anos, com títulos por quatro organizações e passagem por quase dois anos no UFC. Atualmente, Viviane é contratada do Invicta FC, organização norte-americana que trabalha exclusivamente o MMA feminino. O episódio com Sucuri é intitulado de "Dama de Ferro" e destaca a infância humildade e a relação de altos e baixos com sua mãe.

Exibida pela 1ª vez no canal pay per view Combate em outubro passado, a série estreia no GNT com a exibição de dois episódios seguidos neste domingo (2), entre 22h e 23h. Todos os episódios da temporada já estão disponíveis para os assinantes no GNT Play.

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Veja o resumo dos episódios:

Episódio 1: LUTE COMO UMA MULHER
Em 2011, Dana White declarou que nunca veríamos mulheres no evento. No entanto, em menos de dois anos, a atleta olímpica Ronda Rousey conquistou seu espaço na organização e abriu as portas para as mulheres de uma vez por todas. No entanto, o desafio feminino segue sendo ainda maior.

Episódio  2: DAMA DE FERRO
Viviane “Sucuri” Pereira transformou os obstáculos em motor para realizar seu sonho. Após ganhar quatro cinturões em organizações menores, ela realizou o sonho de lutar pelo UFC. Apesar das notáveis conquistas, sua trajetória foi bastante árdua: começou a lutar em um projeto social e conheceu a dura realidade de muitos atletas no Brasil.

Episódio 3: NOITE DE FADAS
Antes do MMA feminino explodir no UFC, as mulheres já vinham desbravando caminhos no esporte. Érica Paes, Ana Maria Índia e Cris Cyborg são três veteranas da geração de lutadoras brasileiras. No entanto, entre elas, apenas Cyborg chegou ao topo – uma conquista sofrida, que levou mais de uma década para se concretizar. Cada qual com seus obstáculos, elas eram quase sempre as únicas entre um mar de homens. Mas, com suor, garra e coragem, carimbaram seus nomes no esporte e seguem fazendo história na luta.

Episódio 4 – GAROTAS DO RINGUE
Ketlen Vieira e Poliana Botelho, colegas na academia Nova União, deixaram suas famílias para viver no Rio de Janeiro e seguir o sonho de serem campeãs mundiais de MMA. Ketlen teve dificuldades para se adaptar à intensidade dos treinos e ao corte de peso, mas conseguiu entrar para o ranking das melhores lutadoras de sua categoria. Poliana, por sua vez, sofreu duas lesões durante os treinos que adiaram sua estreia no UFC por quase dois anos. Mas a espera valeu, e ela saiu vitoriosa de sua primeira luta pela organização.

Episódio 5 – MULHER FATAL
Quando Bethe “Pitbull” Correia descobriu sua paixão pela luta, deixou o casamento, a profissão e enfrentou a família para seguir carreira no esporte. Apesar das dificuldades, conseguiu a prova que precisava para confirmar o seu destino como lutadora: um contrato no UFC. Bethe logo conquistou três vitórias na organização, mas foram as polêmicas e a rivalidade que levaram seu nome para o cenário. Competitiva e afiada, Bethe provocou Ronda Rousey e a batalha entre elas, que começou antes do confronto, apresentou Bethe para o mundo.

Episódio 06 – BASE FORTE
Jéssica “Bate-Estaca” Andrade, a primeira brasileira a pisar no octógono do UFC, está entre as melhores da sua categoria. A simplicidade do sítio onde nasceu, no interior do Paraná, contrasta com o glamour do UFC e se estende ao longo de seu difícil percurso na luta. Ela precisou deixar a família para viver em Niterói, no Rio de Janeiro, um passo decisivo para ingressar na maior organização de MMA do mundo. A saudade de casa ainda aperta, mas os amigos que fez na sua academia se transformaram em uma segunda família.

Episódio 7 – O CAMINHO DA GUERREIRA
Dentro do octógono, Priscila “Pedrita” Cachoeira liberta os demônios do seu passado e se transforma. Priscila foi usuária de drogas durante oito anos, mas, com a apoio da sua mãe e de seu mestre, ela conseguiu trocar o vício pela luta em um longo e difícil processo de recuperação. No meio do caminho, ainda teve uma gravidez inesperada. Hoje, sua luta é diária como mãe, atleta e ex-usuária de drogas.

Episódio 8 – PROFISSÃO LUTADORA
Depois de Ronda Rousey, fenômeno do MMA feminino, as atletas do UFC conseguiram dar os próprios passos para manter a divisão em crescimento. Cada vez mais surgem nomes que prometem fazer história no esporte, como Maria Oliveira, integrante da maior equipe feminina de MMA do Brasil. O objetivo de todas é o mesmo: entrar para o UFC. Contudo, por mais que o MMA feminino seja uma das modalidades esportivas que mais dá espaço para as mulheres, o cenário ainda é desigual para elas. Afinal, qual será o futuro da divisão?

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