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No caminho de Fernando Pangaré, sua quinta ultramaratona no deserto em Israel

15:00 | Set. 26, 2018
Autor Adriely Viana
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Tipo Notícia
[FOTO1] O corredor Fernando Pangaré tenta disputar pela quinta vez a Ultramarathon Sovev Emek 100k, em Israel, competição que possui um percurso de 100 km divididos em três voltas realizadas no deserto. Serão cerca de dois mil participantes dos mais diversos países do mundo. Com 38 anos de carreira como atleta e aproximadamente 200 mil km corridos, Pangaré realizará a ultramaratona no dia 25 de outubro, mesmo dia em que completa seus 52 anos.

A preparação para uma competição de longa distância está sendo feita em Baturité, cidade conhecida pela altitude devido à proximidade com as serras, apenas durante os fins de semana, já que o corredor se dedica também ao bacharelado em Educação Física pela Universidade Federal do Ceará e aos trabalhos na Secretaria de Esporte e Lazer (SECEL) e como professor da rede pública do Estado.

O carioca que vive no Ceará há 27 anos, encontra-se sem incentivo financeiro para a prova, o que pode significar a não participação do atleta na competição. Durante os quatro anos em que competiu em Israel, Pangaré recebeu apoio de alguns patrocinadores. Porém, neste ano, não houve interesse de renovação, o que não o desanimou, apesar de deixar um alerta claro para a diferença em que um atleta de seu porte é tratado no Brasil em comparação com outros países. “Em Israel, não costumo arcar com nada, a consideração que eles têm é diferente”, afirmou em entrevista O POVO.

Faltando um mês para o início da ultramaratona e com todas as complicações pelo caminho para que seja realizada, Pangaré não parece propenso a desistir de tentar competir mais uma vez. “É uma corrida muito importante, uma ultramaratona com os mais seletos atletas mundiais. São aproximadamente 24 horas de prova, um período assim tão longo e nas condições locais do deserto é um marco para a carreira de qualquer atleta”.

Fernando Pangaré destacou também que sua expectativa de resultado é completar a prova, lembrando que não tem o mesmo condicionamento de quando era mais novo. “Em minha primeira competição fiz 15h53min, na segunda, 15h07min, na terceira alcancei 14h34min e em 2016, última vez em que realizei a prova, fiz em 16h48min. Para esse ano pretendo fazer um tempo por volta de 15 horas de duração”.

Pangaré entende que a realização desta prova é importante porque marca o avanço para uma nova fase na carreira. “É como uma espécie de conclusão” disse o atleta que, para próximo ano, pretende ter foco no desenvolvimento de um trabalho que una o teórico, o técnico e a prática.

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