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Hamilton e Vettel podem protagonizar final eletrizante de temporada na Fórmula 1

Inglês e alemão disputam título, mas o piloto da Mercedes chega em Singapura com a vantagem de 25 pontos; Ferrari tem Marina Bay como principal chance de reviravolta
16:07 | Set. 13, 2018
Autor Gerson Barbosa
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Gerson Barbosa Repórter Rádio O POVO CBN
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Tipo Notícia
[FOTO1] As luzes do circuito urbano de Marina Bay, em Singapura, se acendem neste final de semana para receber a 16ª etapa do Mundial de Fórmula 1 2018. Essa pista, que foi decisiva para a definição do título de pilotos na temporada passada, deve repetir o grau de importância este ano. O inglês da Mercedes, Lewis Hamilton, tem 30 pontos de vantagem para Sebastian Vettel, segundo colocado - 256 contra 226 -, mas é um traçado desfavorável à equipe alemã. 

Sendo Singapura ruim para uns, acaba sendo melhor para outros. Ferrari e Red Bull chegam no país asiático com carros mais preparados às condições travadas da pista. A Mercedes, inclusive, tem esse como o pior circuito do calendário ao seu monoposto. 

A vitória no ano passado surgiu de circunstâncias especiais, quando Vettel, Kimi Raikkonen e Max Verstappen bateram antes mesmo da primeira curva e não completaram a prova. Hamilton aproveitou e venceu a batalha direta com Riccardo. Os 25 pontos contra nenhum do alemão ferrarista rendeu uma vantagem tranquila ao inglês, que apenas administrou nas corridas seguintes e conquistou o tetracampeonato. 

E é daí que vem a importância desta etapa. Com Ferrari e Red Bull à frente da Mercedes em Marina Bay, é a oportunidade perfeita para que Vettel diminua a diferença no campeonato. No cenário ideal, o tetracampeão ferrarista venceria e contaria com Hamilton terminando em quinto, pelo menos, cortando a vantagem do 33 pela metade em apenas uma corrida. 

Contudo, Singapura é conhecida por ter Safety Car (o carro de segurança) na pista algumas vezes e isso pode ser um fator determinante que o piloto formado na McLaren pode se agarrar. Em Maranello, porém, a Ferrari precisa colocar atenção na cabeça de seus pilotos. Sebastian deixou de pontuar e vencer na Alemanha por falta dela; saiu da disputa pelo título ano passado pelo mesmo motivo - foi um dos culpados pela batida tripla por não ler bem a situação que se encontrava. 

Agora, acima de todos os momentos, o alemão precisa mostrar sua genialidade, calma e paciência dos tempos (já quase longevos) de Red Bull. Hamilton só não foi campeão em um ano desde 2014 - em 2016, quando Nico Rosberg triunfou -, portanto tem o caminho para a glória melhor formado em sua cabeça. 

Rivais contarão com ajuda finlandesa na reta final

Até mesmo em esporte individual, o coletivo pode aparecer como fator importante. Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen serão fundamentais para a luta pelo título de condutores nas últimas corridas. Isso porque ambos não se importam de ajudar seus companheiros de equipe - ou pelo menos não demonstram se importar. 

No Grande Prêmio da Alemanha deste ano, por exemplo, isso ficou evidente nas duas equipes. Na Ferrari, Raikkonen recebeu ordens complexas da equipe para deixar Vettel passar. Ele inclusive reclamou da 'enrolação' para a ordem. "Quer que eu deixe ele passar? Simplesmente me diga", disse no rádio. É válido pontuar que os italianos têm histórico em ordens de equipe. 

Já no lado da Mercedes, depois do período de um carro de segurança (na batida sozinho de Vettel, aliás), Bottas tinha mais carro e mais velocidade que Hamilton. O finlandês ex-Williams atacou o companheiro de equipe rumo à vitória, mas recebeu ordens diretas da equipe para manter a posição antes de fazer a ultrapassagem. 

Campeonato de construtores tem briga boa e hegemonia da Mercedes pode ser quebrada

Desde temporada passada a Mercedes vê sua dominância ser ameaçada. Com a forte concorrência da Ferrari no campeonato de equipes, os alemães nunca estiveram tão em perigo de não vencer esse título, que é o principal para o mundo da categoria. 

Os italianos lideraram em algumas corridas nesta temporada, isso porque Raikkonen tem se saído melhor que Bottas. Nas últimas etapas, porém, essa diferença foi cortada e a equipe alemã assumiu a ponta da tabela e agora têm diferença de 25 pontos graças aos erros dos pilotos rivais ao longo do ano. 

Nos últimos sete eventos, a vantagem acaba sendo dividida. Como já explicado, a Ferrari leva a melhor em Singapura, além de México e Brasil. A Mercedes é superior em Abu Dhabi, Japão e Estados Unidos. A Rússia é o coringa deste ano, isso porque o time pentacampeão é historicamente dominante lá, mas os ferraristas chegaram para a briga ano passado. Sendo assim, é um GP completamente aberto aos dois, o que pode tornar ainda mais interessante essa disputa final. 

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