Conheça Kamilla Cardoso, jovem brasileira destaque no basquete feminino dos EUA

Pivô mineira de 22 anos e 2,01m foi jovem para a América do Norte, superou barreira do idioma, conquistou dois títulos universitários e foi a terceira escolhida geral no Draft da WNBA

A noite da última segunda-feira, 15, foi histórica para os fãs brasileiros da bola laranja: a pivô Kamilla Cardoso foi top-3 no Draft para a Women’s National Basketball Association (WNBA), principal liga de basquete feminino dos Estados Unidos. Com apenas 22 anos, a jogadora mineira é a sensação da modalidade e foi escolhida pelo Chicago Sky para começar sua carreira profissional no país.

Kamilla chegou para o Draft deste ano como uma das favoritas do público e dos times. Com uma campanha invicta na National Collegiate Athletic Association (NCAA) 2024 — liga de basquete universitário dos EUA — e destaque nas finais, a brasileira confirmou a excelente temporada sendo a terceira escolhida no evento, ficando atrás apenas de Caitlin Cark, escolhida pelo Indiana Fever, e Cameron Brink, selecionada pelo Los Angeles Spark, respectivamente.

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"Tinha o objetivo de vir aqui hoje (no Draft) e dar uma vida melhor à minha família. Estou muito grata por elas estarem comigo", disse a jogadora, referindo-se à mãe e à irmã.

A brasileira de 22 anos tomou a melhor posição de um brasileiro em um draft. No ano anterior, Stephanie Soares havia sido a quarta escolha do evento, sendo selecionada pelo Dallas Wings.

Em entrevista após ser escolhida, Kamilla agradeceu à sua irmã mais velha e sua mãe, a quem toma como referência. “Minha mãe é o motivo de eu jogar basquete. Então sou muito grata por ela. Minha meta era dar uma vida melhor para minha família e eu consegui. Estou grata por estarem aqui comigo”, disse Kamilla emocionada.

O início de tudo

Natural de Montes Claros (MG), Kamilla Cardoso rumou sozinha para a América do Norte ainda muito nova, com 15 anos, buscando o sonho de se tornar jogadora de basquete na melhor liga do mundo.

Sonho este que começou alguns anos antes dessa viagem, quando foi campeã nacional no Brasil e percebeu que tinha potencial a ser explorado no esporte. Para alcançar seu objetivo, nem mesmo o idioma foi um problema para ela, que sabia pouquíssimo, ou quase nada, de inglês.

Caminhada na NCAA

Atual campeã da NCAA, a atleta de 2,01m chegou ao seu segundo título na liga universitária após derrotar o Iowa Hawkeyes, da cestinha Caitlin Clark, na última semana.

A outra conquista havia sido em 2022, diante do UConn Huskies, também com a South Carolina. Em 2024, Kamilla foi o grande nome da final e do campeonato, sendo considerada a melhor defensora e a melhor jogadora da decisão, com direito a duplo-duplo.

Antes de chegar à vitoriosa era no time da Carolina do Sul, a brasileira já havia tido destaque na Universidade de Syracuse, equipe em que começou na liga universitária, na temporada de 2020.

Foi lá que ela iniciou a sua caminhada, sendo a primeira aluna na história da universidade a ganhar o prêmio de melhor caloura do ano da Atlantic Coast Conference (ACC).

Agora, a pivô brasileira começará a carreira profissional no dia 15 maio, data de início da temporada para o Chicago Sky na WNBA 2024, e continuará fazendo seu legado no basquete feminino.

Recorde de espectadores

Com uma média de 13,8 milhões de espectadores e um pico de 24 milhões na audiência, a final entre Iowa Hawkeyes e South Carolina bateu o recorde de telespectadores.

A final da NCAA de 2024 se tornou o jogo de basquete universitário feminino mais visto já registrado e também a partida de basquete universitário mais visto (masculino ou feminino) de todos os tempos nas plataformas ESPN.

O confronto entre Iowa e Carolina do Sul também se consagrou o segundo evento esportivo feminino não olímpico mais assistido na televisão dos EUA, atrás da final da Copa do Mundo Feminina de 2015.

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