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Deyverson vira personagem e recebe conselhos de companheiros e Felipão

Deyverson foi o principal assunto entre as respostas dos jogadores do Palmeiras após a vitória no Derby de domingo, no Allianz Parque. O centroavante marcou o único gol do clássico, deu chapéu, contribuiu na marcação e provocou os corintianos com uma piscadinha, que iniciou confusão à beira do campo. A piscadinha e o chapéu de [?]
09:15 | Set. 10, 2018
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Deyverson foi o principal assunto entre as respostas dos jogadores do Palmeiras após a vitória no Derby de domingo, no Allianz Parque. O centroavante marcou o único gol do clássico, deu chapéu, contribuiu na marcação e provocou os corintianos com uma piscadinha, que iniciou confusão à beira do campo.

A piscadinha e o chapéu de Deyverson, inclusive, motivaram uma provocação do Palmeiras ao rival nas redes sociais. Mas nem tudo são flores. Luiz Felipe Scolari admitiu que tirou o camisa 16 na etapa final após ser alertado por Marcos Rocha na lateral do gramado de que o centroavante estava se envolvendo em discussões com os corintianos e, amarelado, poderia ser expulso.

?Ainda tenho que mudar algumas coisas. No futuro, posso até ser lembrado por ele se conseguir mudar algumas situações que não pegam bem dentro e fora do campo. Ainda tenho que conversar com o Deyverson. Mas, dentro de campo, ele se dedica. É um centroavante que não perde bola aérea. A gente só dá a chance?, afirmou Felipão.

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Deyverson está suspenso das próximas três partidas do Palmeiras, por três torneio diferentes. Quarta-feira, contra o Cruzeiro, pela semifinal da Copa do Brasil (suspensão por cotovelada no jogo contra o Bahia), e na sequência, Bahia, pelo Brasileirão (terceiro amarelo), e Colo-Colo, pela Libertadores (vermelho contra o Cerro Porteño). Ele ouve conselhos até dos companheiros.

?Eu tento falar coisas que possam acrescentar para a vida dele. Realmente, é um jogador que as vezes pode ficar fora de partida importantes (pelo destempero). O Felipão tem conversado muito com ele e nós atletas também. Claro que não é nada absurdo o que tem acontecido com ele, são só alguns toques que podem ajustar, ter esse ponto de equilíbrio dentro de campo?, afirmou o atacante Willian.

?A gente sabe que, quando você entra em uma partida, clássico, jogo decisivo, o sangue está fervendo e você precisa ter esse controle. Eu sou prova disso, mudei da água para o vinho, mas claro que tem um processo. Vai passando tempo e você vai amadurecendo. O importante é fazer isso o mais rápido possível para que ele não venha a se prejudicar nas partidas nesse grande momento que ele está vivendo?, completou.

Nas entrevistas, fica claro que a pilha de Deyverson preocupa os atletas e comissão técnica. No Derby, antes de completar chapéu com sucesso, o centroavante tentou duas canetas e foi orientado pelos mais experientes para tentar uma jogada mais simples. Na etapa final, tentou correr em direção à arbitragem para reclamar na lateral do campo, mas foi repreendido por Felipão, que chegou a empurrá-lo para dentro do gramado.

A postura, porém, tem levado Deyverson a outro patamar no Palmeiras. Antes criticado, o centroavante passou a conviver com elogios não apenas por seu futebol, que melhorou muito com Scolari, mas por sua dedicação em campo, exaltada também pelo treinador. No Derby, ele teve até mesmo o nome gritado pelos torcedores ao ser substituído por Willian.

Contra o Corinthians, Deyverson ainda chorou ao marcar seu tento e no banco de reservas, na reta final do Derby. Enquanto a comissão técnica e companheiros se preocupam em tornar o atleta mais estável emocionalmente, a torcida palestrina deseja apenas que as lágrimas sigam sendo de felicidade.

Gazeta Esportiva

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