Participamos do

Campeão com Ademir, ídolo apoia Colo-Colo, mas vê Palmeiras favorito

Há mais de 30 anos, o pernambucano Severino Vasconcelos, ídolo do Colo-Colo, convive harmonicamente com o rigoroso inverno de Santiago. Campeão com Ademir da Guia no Palmeiras, o brasileiro apoia os chilenos nas quartas de final da Copa Libertadores, mas vê o time alviverde como favorito no confronto que começa nesta quinta. ?Como tem um [?]
09:15 | Set. 20, 2018
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

Há mais de 30 anos, o pernambucano Severino Vasconcelos, ídolo do Colo-Colo, convive harmonicamente com o rigoroso inverno de Santiago. Campeão com Ademir da Guia no Palmeiras, o brasileiro apoia os chilenos nas quartas de final da Copa Libertadores, mas vê o time alviverde como favorito no confronto que começa nesta quinta.

?Como tem um plantel mais inteiro, o Palmeiras leva vantagem. Chega com maior chance de avançar, mas não vai ser fácil. Em Santiago, o estádio vai estar cheio e os jogadores vão se esforçar muito, porque o Colo-Colo aposta todas as fichas na Libertadores. No Campeonato Chileno, dificilmente vai ganhar?, explicou o ex-meia à Gazeta Esportiva.

Tricampeão nacional (1979, 1981 e 1983), Severino Vasconcelos formou uma das melhores duplas ofensivas da história do Colo-Colo com Carlos Caszely. O brasileiro ainda defende a equipe oficial de veteranos do clube e mantém contato com os atletas do elenco atual.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Ídolo no Chile

?O Colo-Colo foi o clube que me deu mais condições de ser um jogador completo. Moro no Chile até hoje e sou amigo dos atletas. Se fosse contra qualquer outro rival, é claro que torceria pelo Palmeiras. Vou apoiar o Colo-Colo, mas, se o Palmeiras ganhar, espero que chegue longe no torneio?, afirmou o ex-camisa 10, admirador do futebol de Valdivia.

?Agora, o Jorge está sendo mais responsável e profissional. É tarde, porque ele já passou dos 30 anos de idade, mas espero que fique mais tempo no Colo-Colo. É um jogador espetacular, muito bom e que o Palmeiras conhece?, disse Vasconcelos, com certa dificuldade para se expressar em português.

Em 1982, com o sucesso ao lado de Caszely, o pernambucano foi convidado a se naturalizar para manter a dupla pela seleção chilena na Copa do Mundo, mas resolveu recusar. Aos 65 anos, o autor de 83 gols pelo Colo-Colo ainda conta com a admiração da torcida, apesar de também ter passado pela rival Universidad de Chile.

?Fui chamado para ir ao Mundial, mas não aceitei porque não havia disputado as Eliminatórias e sempre pensei que as seleções são para atletas nascidos no país?, justificou, orgulhoso pelo status de lenda do Colo-Colo. ?O carinho segue igual. O Chile é um país tão carente de ídolos, que as pessoas não esquecem dos antigos?, disse.

Título com o Divino

Antes de rumar para o futebol chileno, Vasconcelos passou pelo Palmeiras e conquistou o Campeonato Paulista de 1976 ao lado de nomes como Emerson Leão e Ademir da Guia. Contratado ao lado de Jorge Mendonça após se destacar pelo Náutico, ele chegou com mais fama, mas apenas o companheiro se firmou.

?Eu sabia que o Palmeiras me trouxe para substituir o Ademir da Guia. Ele jogaria por mais um ano e pararia, mas foi o contrário. Seguiu jogando e me complicou?, lembrou Vasconcelos, rindo. ?Sempre admirei o Ademir. Mas, para atuar, eu precisava mudar de clube?, contou Vasconcelos, que ainda passou pelo Inter antes de seguir para o Colo-Colo.

Radicado em Santiago há mais de 30 anos, Vasconcelos raramente vem ao Brasil e tem duas filhas de seu casamento com uma chilena, uma delas assessora de imprensa da federação de futebol local. Agora, se recupera de uma infecção na perna para voltar a defender o time de veteranos do Colo-Colo e atua como observador nas escolinhas do clube.

Gazeta Esportiva

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente