Análise tática: saiba como joga o Sport, adversário do Fortaleza

Saída de três, meia livre e marcação forte: como joga o Sport, rival do Fortaleza

Rubro-Negro é comandado por Daniel Paulista desde junho e mostra características ofensivas e defensivas do trabalho do treinador. Duelo de Leões será neste sábado, 27, pela Série A

Na luta para sair da zona de rebaixamento da Série A, o Fortaleza encara o Sport neste sábado, 27, às 16 horas, na Arena Castelão, em jogo da 25ª rodada da competição nacional. Os times ocupam 19ª e 20ª colocações na tabela, respectivamente.

Além do peso pelos rivais nordestinos estarem no Z-4, o confronto promete também um embate de estratégias. O Esportes O POVO fez uma análise tática do Leão da Ilha, comandado por Daniel Paulista desde junho e que já tem características destacadas. 

Como o Sport ataca?

Adepto da superioridade numérica nos setores do campo, o Sport mantém um padrão de saída de bola com três jogadores. Além dos dois zagueiros de ofício, o time rubro-negro utiliza um terceiro atleta para ter a primeira fase de construção mais fluída e controlada, variando entre um lateral ou um volante — sendo esta a opção mais usada.

Com a "descida" de um volante, os laterais recebem liberdade para avançar e se tornam alas na fase ofensiva. Com uma amplitude maior, o Leão da Ilha se aproveita das laterais do campo para tentar chegar ao último terço.

Outra opção utilizada é a construção pelo corredor central com Zé Lucas, volante que tem boa capacidade técnica para passe e drible curto. No entanto, por ter completado série de cartões amarelos, não poderá ser acionado contra o Fortaleza.

Por outro lado, Lucas Lima, titular no meio-campo, retorna após cumprir suspensão na vitória contra o Corinthians. Com Daniel Paulista, ele tem maior liberdade na fase ofensiva e "flutua" entre as linhas — no caso, entre os volantes e os zagueiros dos adversários.

Matheusinho, que vem se destacando nos últimos jogos do Sport, também é peça bastante usada. Com boa leitura tática, o ponta muitas vezes cai pelo meio e, utilizando os espaços entrelinhas, consegue se posicionar bem, seja para finalizar ou dar assistência.

Foi assim, inclusive, que ele deixou o centroavante Derik em ótima condição para balançar as redes contra o Corinthians — o tento, todavia, foi anulado por impedimento. Na segunda etapa, ele novamente saiu da ponta para o meio, cortou a defesa e finalizou bem para marcar o gol da vitória rubro-negra.

Titular no miolo da área, Derik também tem função tática importante — além de se posicionar para marcar gols, claro. Quando o Sport é pressionado, o goleiro Gabriel Vasconcellos lança para o camisa 18 fazer o papel de pivô. Dono de bom jogo aéreo e físico, o centroavante ajuda o time a ganhar campo e, muitas vezes, consegue controlar a bola para iniciar jogada trabalhada, seja com os meio-campistas ou os laterais. 

Esquemas táticos utilizados na fase ofensiva: 3-4-3, 3-4-1-2 ou 3-5-2

Como o Sport defende?

Já na fase defensiva, o Leão da Ilha utiliza de uma marcação agressiva. Sem fornecer conforto ao adversário, a equipe treinada por Daniel Paulista deixa o setor do campo onde a bola está bastante denso e com o máximo de superioridade numérica. 

Em termos de posicionamento tático, o time necessita que os laterais fechem os espaços pelos lados. A depender do adversário, o Sport se defende no 5-3-2 ou no 5-4-1, com um dos volantes descendo para fechar linha de cinco. Outra variação é o 4-5-1, que dispensa o uso do meio-campista na linha defensiva. 

Em geral, os pontas Léo Pereira e Matheusinho são bastante acionados para ocupar espaços no momento defensivo, o que exige bastante da parte física de ambos.

Esquemas táticos utilizados na fase defensiva: 5-3-2, 5-4-1 ou 4-5-1

Pontos positivos e negativos

Como pontos fortes, o Sport tem a liberdade criativa de Lucas Lima e Matheusinho e a superioridade numérica no segundo terço, que geralmente tem quatro ou cinco jogadores após as subidas dos laterais.

Por outro lado, o Fortaleza pode utilizar, principalmente, da inversão de jogo devido à tendência do time rubro-negro de pressionar o setor onde a bola está, além de investir em jogadas nas costas dos laterais, que muitas vezes podem não conseguir realizar a transição defensiva de forma segura. 

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