Após goleada, Paiva pede reação imediata do Fortaleza para duelo decisivo na Libertadores

O treinador admitiu o peso emocional da derrota, mas cobrou resiliência do elenco. "O jogo já fechou. Não dá para alterar. Aguentem agora a pancada"

14:41 | Ago. 10, 2025

Por: Victor Barros
Renato Paiva, técnico do Fortaleza, durante duelo contra o Botafogo (foto: FABIO LIMA / O POVO)

O Fortaleza vive um momento conturbado na temporada. A goleada sofrida para o Botafogo por 5 a 0, no último sábado, 9, na Arena Castelão, marcou o terceiro jogos consecutivo do time na Série A do Campeonato Brasileiro sem vencer.

O resultado acendeu um alerta no Pici, mas, para o técnico Renato Paiva, o momento exige mais foco do que lamentações, especialmente porque, em menos de 72 horas, o Tricolor começa a decidir uma vaga nas quartas de final da Copa Libertadores.

Na próxima terça-feira, 12, o Leão encara o Vélez Sarsfield, da Argentina, pelas oitavas de final da competição continental. Com pouco tempo para treinos e recuperação física, o treinador fez um discurso direto em coletiva, destacando que o revés para o Botafogo precisa ser “colocado na gaveta” para que não afete o rendimento na sequência da temporada.

"Olhar para esse jogo de forma atípica. Se este jogo tiver influência, de alguma forma, em termos motivacionais e psicológicos, no próximo jogo do Vélez, já perdemos o próximo jogo. Portanto, finalizar isto, fechar, colocar na gaveta e olhar para uma competição diferente, para o jogo da frente" disse Paiva.

O treinador admitiu o peso emocional da derrota, mas cobrou resiliência do elenco. “O jogo já fechou. Não dá para alterar. Aguentem agora a pancada. É dura, tem famílias em casa, tem amigos, tem filhos. Vai receber o carinho que tem que receber, ganha energia, dorme... Amanhã às 17 horas da tarde quero caras de ambição, quero caras de inconformismo, quero caras de que não estou satisfeito com isto”, completou.

O português também destacou a importância de manter o equilíbrio emocional em momentos extremos sejam eles de euforia ou frustração. “Eu tento estar equilibrado nas grandes vitórias e nas grandes derrotas. Isso para mim é claríssimo. E depois eu tenho que passar aos meus jogadores informações baseadas em convicção. Eu não posso chegar ali e pedir aos jogadores calma e eu estar aos gritos mesmo maluco. Não posso, é incoerente”, afirmou.