Fortaleza: preparador físico explica treino com alta densidade e garante elenco todo na mesma condição

Vaccarini afirmou que o trabalho é feito com densidade porque o tempo de jogo real nas partidas diminui, portanto se treina com menos volume, mas com menos intervalos

Antes do Fortaleza iniciar no returno da Série A do Brasileiro, o preparador físico da equipe, Adrián Vaccarini, ex-seleção peruana, falou a respeito das atuais condições físicas dos jogadores do Leão. O argentino garantiu que o elenco inteiro está apto para atuar durante uma partida completa.

“Todos estão prontos para fazer o que o jogo demanda e o que a comissão pede”, afirmou Vaccarini, quando questionado se os reforços estavam prontos para atuar 90 minutos. Ele ressaltou, no entanto, que alguns chegaram em condições diferentes e por isso precisam passar por um treinamento específico, como Lucas Lima e o argentino Valentín Depietri, que ainda não estreou.

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“O Lucas Lima vinha treinando e Valentín Depietri não, então (o argentino) teve uma etapa de preparação geral primeiramente e depois (juntou-se) com o resto do grupo. Edinho fez algo similar, mas hoje estão todos em condições de jogo", garante.

O preparador físico explicou que o método utilizado pelo departamento prevê objetivos específicos para cada dia de treinamento. O aquecimento, segundo ele, por exemplo, não é feito apenas para aquecer o corpo, mas já para preparar os movimentos que serão utilizados na atividade. “Cada dia tem um objetivo diferente, isso é programar, e isso se controla para ver como funciona com cada jogador. Esse é o objetivo (final), treinar com alta densidade para que no jogo (os atletas) possam responder", disse.

Vaccarini explicou o que é densidade no treinamento. “Uma coisa é intensidade e outra coisa é densidade. Densidade é que pausa tenho entre um esforço e outro que faço. O que tentamos fazer é treinar em tempos determinados, por exemplo, se vamos fazer (percorrer) 6 mil metros em 75 minutos, é muito diferente de fazer isso em 50 minutos [...] Não permitimos pausas muito longas”, relatou.

Em resumo, os intervalos entre as atividades são diminuídos. Esta relação entre o volume total da atividade e o tempo parado é a densidade. O preparador físico explicou que é preferível fazer 5 mil metros em 50 minutos que 6 mil metros em 70 minutos. Ou seja, é melhor um volume menor, mas com menos intervalo (ou com mais densidade).

O trabalho é executado desta forma, segundo Vaccarini, por conta de estudos que mostram que no futebol atual, boa parte do tempo de jogo os atletas ficam parados.

"Há estudos que mostram que nos últimos dez anos o tempo real de jogo, em que realmente se joga, baixou. Hoje, pelo que temos, está entre 41 e 58 minutos reais (jogados), o resto é pausa. Então tenho que preparar o jogador para esse tempo, com essas pausas, por isso tenho que treinar com muita densidade para esse tempo", disse.

Sobre a quantidade de lesões no elenco, que tem sido baixa, o Adrián Vaccarini disse que é fruto de um trabalho coletivo e da estrutura que o clube oferece. "Esse ponto é de todo o clube, associar a (apenas) uma área às poucas lesões é um erro. Nós temos uma estrutura de recuperação, trabalhando em todas as áreas [...] por isso a intenção é que o clube trabalhe como uma unidade coletiva, para que que exista um bom rendimento de todas as áreas”, avalia.

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