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Especial (1000) Dias com Ele: Em entrevista exclusiva, Ceni rememora relação com o Fortaleza e a torcida

Técnico completa mil dias à frente do Leão e fala com exclusividade sobre a trajetória no clube
11:37 | Set. 23, 2020
Autor O Povo
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Tipo Notícia

 

Nesta quarta-feira, 29, o técnico Rogério Ceni completa a longeva marca de 1000 dias como técnico do Fortaleza. Com os títulos da Série B do Brasileirão, Copa do Nordeste e Campeonato Cearense, além de conquistas como o acesso à Série A, classificação à Sul-Americana e ás oitavas da Copa do Brasil em dois anos seguidos, o treinador já se credencia como um dos maiores da história do Leão.

Para relembrar toda a trajetória de Ceni no Fortaleza, O POVO faz o especial de (1000) Dias com Ele, mostrando o histórico do técnico no Fortaleza, infográfico com números e uma entrevista exclusiva que pode ser lida na íntegra abaixo:

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O POVO: Rogério, você completa hoje mil dias como técnico do Fortaleza. Quando assumiu o clube, em novembro de 2017, imaginava ficar tanto tempo?

Rogério Ceni: Nessa profissão de treinador, a gente nunca faz uma projeção a tão longo prazo, mas eu fico feliz, na minha carreira foi mais ou menos assim, fui construindo a carreira no São Paulo e lá foram quase dez mil dias que fiquei. Poder, como treinador, completar essa marca hoje, num cenário tão difícil que é essa troca de treinadores brasileiros, me deixa feliz. Sei que teve aquele hiato que saí, mas mesmo assim é uma marca considerável nos dias atuais

O POVO: Nesses mil dias você fez mais que apenas treinar o time. Sugeriu mudanças de estrutura, a contratação definitiva (pagando multa) de jogadores e atraiu mídia nacional. Você considera que no Fortaleza é mais que um técnico?

Rogério Ceni: Eu considero que me entrego sempre no trabalho, faço meu melhor no lugar que estou. Tento ser o mais profissional possível e, se eu puder ajudar a crescer em alguma outra área, sem dúvida alguma, vou tentar. Agora, a gente pode dar as ideias, mas quem executa é a direção do clube. Quem arruma o dinheiro para isso é a direção. Então, as ideias e as coisas que a gente pode fazer, eu tento ajudar. Tudo que tem sido feito, construído, foi através da direção. No que eu puder colaborar, eu sempre vou estar colaborando.

O POVO: Hoje você se declara mais um torcedor do Fortaleza. Em que momento a relação de treinador se ampliou?

Rogério Ceni: Na verdade, não é que é torcedor do Fortaleza, é que você é contagiado pela torcida do Fortaleza, a partir do momento que você vê um Castelão com 50 mil ou 60 mil pessoas, em jogos importantes. Desde 2018, pra ser sincero, naquela reta final de Série B, a gente começou a ver o Castelão daquela maneira. Você vai se apegando, vai criando laços com o clube, vai passando a ter admiração pelas festas, pelos mosaicos, tudo. Sem dúvida, hoje o Fortaleza faz parte da minha vida.

O POVO: Com o Fortaleza você foi campeão estadual, regional, nacional, levou pra Série A e Sul-Americana. Tem algo mais que você queira dar ao clube?

Rogério Ceni: Eu queria dar consistência. Eu gostaria de fazer com que se tornasse habitual para o Fortaleza essa rotina, de se manter em uma Série A, brigar por uma Sul-Americana, participar de competições internacionais, brigar por títulos. Como está sendo agora na reta final de Campeonato Cearense, como nós chegamos novamente à semifinal e ano passado fomos campeões da Copa do Nordeste, que são os títulos possíveis e brigar para manter o Fortaleza na elite do futebol brasileiro. Essa é a maior briga porque a cada ano na elite é mais estrutura que se constrói, o que significa mais chances de sucesso futuro

O POVO: Você não é um cara de muitos clubes e Marcelo Paz já disse que, por ele, você fica no Fortaleza enquanto ele for presidente. Quanto tempo mais você se vê no Leão?

Rogério Ceni: Fico contente pelo carinho sempre demonstrado. Desde o começo tentamos fazer o melhor e o reconhecimento veio com aquele titulo de 2018. E cada vez, logicamente, você é mais ouvido e isso ajuda. Ajudou de alguma maneira na transformação do clube. Para quem conheceu (o clube), ao menos eu, que conheci em novembro de 2017, para hoje; tem muita coisa a melhorar, temos muito, muito, muito para fazer, precisaria de mais dinheiro, investidores, enfim, precisamos de verba para melhorar tudo isso, mas o clube tá caminhando e independentemente de eu ficar aqui ou não, eu tenho certeza que se seguir o rumo que tem hoje o clube vai conseguir ficar cada vez maior.

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