Fortaleza: Paulão se preocupa com o aperto do calendário, mas é contra a redução do intervalo entre partidas

Zagueiro acredita em até três jogos por semana na retomada do futebol e vê alento no aumento do número de substituições

Com o futebol ainda sem data para ser retomado no Brasil, devido a pandemia do coronavírus, as competições brasileiras que foram paralisadas e as que ainda estão por começar terão que ser espremidas para caber no calendário de 2020, que pode invadir janeiro de 2021.

Como a CBF não cancelou oficialmente nenhum campeonato, é possível prever uma quantidade excessiva de jogos em um curto espaço de tempo. O zagueiro Paulão, do Fortaleza, não esconde a preocupação. “não tenho muita ideia de como será isso, só vivendo mesmo para saber, mas uma coisa tenho plena certeza: será muito cansativo”, disse, em entrevista ao Futebol do Povo de Casa, na sexta-feira, 15.

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Uma das saídas cogitadas para alocar todos os certames no tempo restante seria a diminuição do intervalo entre partidas de 66 horas para 48 horas. O presidente da presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) fez a sugestão para a CBF, que gostou da ideia, mas o conselho do órgãos que representa os jogadores deu um passo atrás e disse que precisava discutir.

Questionado sobre a diminuição do intervalo entre partidas, o zagueiro Paulão se colocou contra a mudança. “Se dentro de 60 horas (são 66 horas), quando tem viagem do Rio Grande do Sul até Fortaleza, é complicado para treinar no outro dia, concentrar e jogar; imagina como será em 48 horas. É muito distante, a gente sabe que nosso transporte aéreo não é da melhor qualidade, são muitas escalas”, comentou o zagueiro. Na Série A do Brasileiro, os clubes cearenses têm uma desvantagem geográfica, devido a competição ter mais participantes no Sul e Sudeste (o que significam mais viagens).

Com ou sem a redução, o defensor acredita em até três jogos numa semana, quando o futebol for retomado e a solução para todos os clubes será rodar o elenco, como Rogério Ceni já vinha fazendo no Fortaleza.

“É daí que vai acontecer a rotatividade, vai ser necessário todos os atletas estarem bem, teremos pouco tempo para voltar e fazer um trabalho físico adequado para conseguir jogar, de repente, três jogos na semana. Vão ser muitos jogos, um em cima do outro, vamos fazer esse trabalho mais da parte física e a parte técnica será introduzida dentro dos próprios duelos, que é também difícil, mas vai ser mais ou menos assim”, projeta Paulão.

O aumento de substituições autorizado pela FIFA, para cinco, mas em três paradas, serve de alento, na opinião do zagueiro. Ele acredita que os técnicos vão poder pensar em poupar algumas peças, além de somente atacar (como é o caso de Rogério Ceni, que tenta adiantar o time com as mudanças). “Vai ser importante para prevenir lesões”, disse.

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