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Ataque apático e laterais frágeis: conheça o Fluminense, próximo adversário do Ceará

19:11 | Nov. 17, 2018
Autor Gerson Barbosa
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Gerson Barbosa Repórter Rádio O POVO CBN
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Tipo Notícia
[FOTO1] Até o fim da Série A do Campeonato Brasileiro, o Ceará terá quatro finais na luta contra o rebaixamento. Quatro adversários com diferentes maneiras de jogar, pontos fracos e fortes. O primeiro deles será contra o Fluminense, na próxima segunda-feira, 19, no Maracanã. 

E o Tricolor Carioca, tirando o já rebaixado Paraná da equação, é a equipe que o Vovô tem mais chances de conseguir vencer. Isso porque os pontos fracos da equipe de Marcelo Oliveira batem com os fortes dos comandados de Lisca, além do inverso também favorecer o Alvinegro. 

A ausência de Pedro, atacante destaque do Flu em 2018, tem prejudicado o andar da carruagem no âmbito ofensivo do time. Já são quatro partidas sem marcar um gol no Brasileirão - se contar a Sul-Americana, são cinco. Na defesa, o principal ponto fraco está nas laterais, uma das principais armas do Ceará. 

DEFESA: O CAMINHO É PELAS LATERAIS

Ayrton Lucas na esquerda e Léo Morais ou Igor Julião na direita. Esses são os laterais que têm atuado nos últimos jogos do Fluminense de Marcelo Oliveira. E com eles o time tem tido problemas, principalmente com bolas nas costas e falhas na marcação. No caso de Ayrton Lucas, o jogador vai muito ao ataque - o que inclusive o coloca como uma das principais armas ofensivas.  

Esse lado esquerdo da defesa é a área de atuação de Leandro Carvalho, principal nome na criação individual de jogadas do Ceará. Um dos principais assistentes do time, Carvalho ainda conta com os apoios de Samuel Xavier, que até gol já marcou em suas subidas ao ataque. 

As chegadas no campo ofensivo do lateral-direito, inclusive, passam bastante pelo bom trabalho de cobertura de Richardson e Edinho. Coisa que o Flu não tem conseguido apresentar bem nos últimos duelos. No segundo turno, período treinado inteiro por Marcelo Oliveira, foram 18 gols sofridos em 15 jogos. 

ATAQUE: O SONHO DE ADVERSÁRIO DE QUALQUER DEFESA

Uma coisa já virou realidade para o Fluminense: o ataque sem Pedro é quase inexistente. O atleta se lesionou no dia 25 de agosto, contra o Cruzeiro fora de casa e, antes disso, o time tinha 21 gols em 21 partidas, ficando sem marcar em apenas sete duelos. Após a contusão do atacante, os números caem bastante. São 13 embates e apenas 10 tentos marcados, dos quais quatro foram contra o rebaixado Paraná. Em sete desses confrontos o ataque terminou zerado - mais da metade. 

Sobre o estilo de jogo, o Flu de Marcelo Oliveira atende bem às características do treinador: ligação direta. Contra esse tipo de jogada, o Ceará conta com uma forte e alta dupla de zaga em Luiz Otávio e Tiago Alves. Richardson e Edinho dão suporte no jogo terrestre e toda a consistência do sistema defensivo do Alvinegro tem tudo para garantir mais uma partida sem sofrer gols. 

Quando decide jogar, o Tricolor Carioca exerce uma pressão sem a bola no campo de ataque e, com a posse, o perigo aparece no lado esquerdo com Ayrton Lucas e Everaldo. Eles contam com a finalização de jogadas de Luciano, que tem apenas três gols no campeonato. Para se ter uma noção, ele está empatado com Gilberto na vice-liderança da artilharia do Flu na Série A. O líder? Pedro, com 10 gols, mostrando a diferença de impacto no ataque pré e pós lesão.

CONCLUSÃO

O Ceará precisa estar apenas em um dia razoável de suas capacidades defensivas - e não cometer erros, evidente - para não tomar gols de um apático ataque tricolor. Ter foco nas ligações diretas e cuidados na parte direita do setor defensivo. No último terço, é fundamental aproveitar buracos deixados nas laterais, onde as jogadas devem ser construídas. Em um dia normal do Ceará de Lisca, a vitória é bem viável.

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