Galhardo confirma: após morte da avó não queria voltar ao Ceará, mas não tem mágoa
Ele ressaltou a gratidão que tem pelo Ceará e que ainda possui amigos no clube alvinegro
Thiago Galhardo afirmou que quase desistiu de jogar futebol após o falecimento da avó, em 2019, quando ainda defendia as cores do Ceará. Em entrevista exclusiva ao programa Esportes do POVO na última quinta-feira, 20, o atacante do Fortaleza disse que não teve acompanhamento psicológico por parte do clube alvinegro, mas que não guarda mágoa do time pelo episódio.
“A minha avó faleceu e eu falei: ‘Eu não quero mais voltar a jogar bola, eu não vou mais jogar’; e eles (Ceará): ‘Volta na quarta-feira’; e respondi: ‘Eu não sei se vou voltar’. E acabei voltando na quinta-feira porque minha mãe, meu pai, meu irmão falaram: ‘Têm que voltar por nós, pela vovó’; e eu: ‘mas, eu não quero’.
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“Tava no final de temporada e eu não tava com cabeça para jogar. E ninguém se preocupou se eu precisava de alguma ajuda quando voltei. Se eu precisava trazer minha mãe, meu pai, para alguém estar perto. Ninguém perguntou nada. Só voltei e tinha um jogo contra o Inter no sábado: (e eles falaram) ‘joga! Faz gol’. Fiz gol e só isso, porque a gente tava brigando para não cair”, contou.
Ele ressaltou a gratidão que tem pelo Ceará e que ainda possui amigos no clube alvinegro.
“Zero (mágoas). Pelo contrário, sou muito grato a tudo. Tenho amigos lá dentro até hoje. Eu defendo o outro lado, claro, a gente não se fala com frequência, mas zero mágoas”, disse.
Thiago Galhardo se definiu como uma pessoa “autêntica”. O atacante falou que os jogadores devem pensar mais em si porque a maioria dos clubes não são recíprocos com algumas situações que envolvem os atletas. Além disso, ele exaltou o Fortaleza na questão de gerenciamento de jogadores e afirmou que isso torna o clube como uma “família”.
“Eu sou autêntico. Acho que todas as pessoas devem ser autênticas e pensar em si, porque pra ser sincero o clube não pensa em nós. Você tá fazendo um grande ano, qualquer deslize que você dá, você será penalizado. E o clube não. O clube às vezes atrasa o salário, te promete algo e não cumpre. Não se preocupa com tua vida fora de campo: o que você tem, se sua família tá doente… Ele só quer que você entregue (resultados)”.
“E aqui (no Fortaleza) é muito família. Não preciso citar nome de jogadores, mas alguns precisaram resolver coisas pontuais e foram liberados. E isso é sensacional, porque eu nunca passei por isso em nenhum clube”, afirmou.