Ceará vence o Fortaleza por 1 a 0 e deixa a zona de rebaixamento do Brasileirão

Em jogo marcado por confusões, expulsão e paralização devido sinalizadores na arquibancadas, Cléber marcou o único gol da partida e garantiu a importante vitória ao Vovô

No primeiro Clássico-Rei da Série A de 2022, marcado por confusões e paralizações dentro de campo, melhor para o Ceará, que venceu o confronto diante do Fortaleza por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, 1, na Arena Castelão, com gol de Cléber, em duelo atrasado válido pela terceira rodada do certame nacional. Com o resultado, o Vovô sobe para a 15ª posição na tabela e deixa a incômoda zona de rebaixamento. O Tricolor, por outro lado, segue em situação delicada na lanterna, com somente dois pontos.

O Alvinegro volta a campo no sábado, 4, às 19 horas, para enfrentar o Coritiba, novamente no Castelão. Já o Leão viaja para o Rio de Janeiro, onde encara o Flamengo no domingo, 5, às 16 horas. 

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O jogo

O primeiro tempo entre Fortaleza e Ceará pode ser dividido em dois capítulos: antes e após os 25 minutos de jogo. Diante da linda festa proporcionada por ambas torcidas na arquibancada da Arena Castelão, as equipes iniciaram o confronto com posturas comedidas, marcação forte e linhas defensivas compactas, tornando o embate mais físico do que técnico.

Aos sete minutos, entretanto, a torcida do Leão acendeu sinalizadores na arquibancada, artefato que é proibido, e a partida foi de imediato paralisada pelo árbitro Bráulio devido a fumaça formada dentro do campo. Após dois minutos, o juiz decidiu pela retomada do duelo, mas a bola só rolou por alguns instantes em detrimento da péssima visibilidade.

Com quase cinco minutos sem futebol, a partida foi novamente recomeçada aos 15 e, no primeiro lance, confusão generalizada entre os jogadores do Alvinegro e do Tricolor, com empurrões e encaradas. Em meio a briga, o VAR identificou uma possível agressão do Felipe em Richard e solicitou que o árbitro analisasse na cabine de vídeo. Após a verificação, Bráulio decidiu expulsar o volante do Fortaleza.

Em 25 minutos de jogo, a bola ficou parada em 73% do tempo. Passado este recorte turbulento do confronto, as equipes finalmente conseguiram se estabelecer, embora ainda de forma truncada, com muitas faltas e intervenções do juiz. O Leão, apesar da desvantagem numérica, quase abriu o placar com Moisés em bonita jogada individual aos 23, mas a finalização passou rente à trave.

O Vovô, com um jogador a mais, assumiu o controle da partida a partir dos 30 minutos, empurrando o escrete vermelho-azul-e-branco para o seu campo de defesa. A superioridade do alvinegra foi convertida em uma sucessão de boas chances para balançar as redes com Erick, Cléber e Lima. Vina até chegou a marcar, mas a jogada foi anulada por impedimento.

Com 61% de posse de bola, a pressão surtiu efeito e, no último lance da primeira etapa, quando o relógio já ultrapassava o tempo extra de 10 minutos concedido pelo juiz, o Ceará conseguiu tirar o zero do placar. Cléber, após receber passe magistral de Vina, finalizou com categoria na saída de Marcelo Boeck, marcando o seu quarto gol em Clássicos-Reis com a camisa preto-e-branco, tornando-se o maior artilheiro do confronto entre os jogadores do atual elenco da equipe de Porangabuçu.

Na volta do intervalo, o panorama das primeiras ações da etapa final do embate permaneceu semelhante ao fim do primeiro tempo, com o Ceará tendo o controle das ações e ocupando o campo defensivo do Fortaleza, que concentrou suas forças em transições rápidas com Moisés. Em uma destas tentativas, inclusive, o clube do Pici quase igualou o marcador com Silvio Romero, aos 12 minutos, mas o atacante argentino pegou mal e desperdiçou uma ótima oportunidade.

Antes acuado, o Fortaleza cresceu na partida a partir dos 15 minutos, igualando o jogo com o Ceará e sendo mais incisivo no campo de ataque. Robson, que entrou no lugar de Romero, e Moisés, em arremate de fora da área, levaram perigo ao gol de João Ricardo, mas sem a eficiência necessária para vencer o arqueiro.

Percebendo o bom momento da equipe, Vojvoda promoveu uma mudança na formatação tática: Romarinho entrou no lugar do zagueiro Ceballos, alterando o 3-4-2 para um 4-3-3. Nas construções ofensivas, o Leão passou a ter mais volume de jogo com Pikachu e Romarinho do lado direito, e Capixaba e Moisés pela esquerda, além de Robson centralizado.

O Ceará, sólido defensivamente, passou a tentar administrar o resultado sem se expor de forma desnecessária. Mesmo com o ritmo mais cadenciado, o Vovô conseguiu encontrar espaços nas linhas defensivas do Leão, mas pecou pela falta de capricho nas conclusões do último passe ou da finalização.

Nos últimos 10 minutos do jogo, o Fortaleza se lançou ao ataque, já sem tanta organização, na busca pelo empate. Apesar das tentativas, muitas em bolas aéreas, o escrete vermelho-azul-e-branco não conseguiu superar a ótima atuação dos defensores alvinegros. No fim, vitória muito importante para o Ceará, que amplia a invencibilidade diante do Leão em jogos válidos pela Série A, sobe na tabela de classificação e ganha confiança para o decorrer do torneio.

Para o Tricolor, derrota dolorida que intensifica, ainda mais, o péssimo cenário da equipe neste início de Brasileirão, com apenas dois pontos conquistados em oito jogos, o único time do certame que ainda não venceu nenhuma partida.

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