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"Pé quente": a história do massoterapeuta da sorte do Ferrão e a relação com o título da Série D

Mais conhecido como Rai Uri Gueller, o massoterapeuta esteve ligado de alguma forma ao Tubarão nas principais conquistas. Quando esteve distante, o clube viveu um duro declínio e passou 23 anos sem levantar uma única taça. Após pouco mais de um ano ao retornar, o Coral venceu a Série D
18:06 | Ago. 22, 2018
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

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"Representa muita coisa. É mesmo que ter ganhado na loteria sozinho. Amo o Ferroviário", diz o fanático massoterapeuta do Tubarão da Barra, Raimundo de Sousa Barros, 62 anos, sobre o título da Série D e o fim do jejum de 23 anos sem conquistas.

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Nascido e criado no Ferroviário, como ele mesmo conta sobre sua origem e paixão pelo Ferrão, Raimundo pode ser considerado um "amuleto da sorte" para o clube. Mais conhecido como Rai Uri Gueller, o massoterapeuta esteve ligado de alguma forma ao Tubarão nas principais conquistas. Quando deixou a equipe para trabalhar em outros times do Nordeste, o Coral viveu um duro declínio e passou 23 anos sem levantar uma única taça.

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Apaixonado pelo Ferrão, Rai chora nas derrotas. Ir pra cama depois de um revés nem pensar. Difícil dormir após um revés. Pelo título da Série D, o massoterapeuta fez uma promessa para raspar a cabeça. E cumpriu com a confirmação da conquista do Brasileiro.
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O "pé quente" morou nas instalações do clube até a fase adulta. O pai dele foi vigia do Ferroviário por 40 anos. Rai fez parte das categorias de base do Coral, mas não seguiu no futebol como jogador por conta de lesões. Nessa época, acompanhou de perto os títulos Cearenses de 1968, 1970 e 1979.

Quando passou a trabalhar como massoterapeuta do clube, em 1984, o Ferroviário seguiu dando alegria dentro das quatro linhas para o seu torcedor. Rai esteve presente no histórico bi do Campeonato Cearense (1994-95). Em 1996, após o vice no Estadual, ele deixou o Ferrão e só voltou em 2017.

"Me chamaram de novo, mas eu disse que só voltando quando fizesse uma limpeza no clube. O Walmir (Araújo, presidente do Ferroviário) me fez o convite e voltei em 2017. E no mesmo ano já fomos vice do Cearense. E agora fomos campeões (da Série D). Sou pé quente", afirma confiante.

Os níveis de "pé quente" de Rai serão colocados à prova novamente na Taça Fares Lopes. O Ferroviário precisa vencer a competição para garantir uma vaga na Copa do Brasil.

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