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Feito histórico do Ferrão

Dos 30 minutos aos 41 minutos do 2º tempo, os comandados do técnico Ademir Fonseca construíram uma reação histórica
21:39 | Fev. 15, 2018
Autor Lucas Mota
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Lucas Mota Repórter na editoria de Esportes
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Tipo Notícia

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O Ferrão quebrou a banca na Ilha do Retiro. Foram os 11 minutos mais alucinantes do torcedor coral nos últimos anos. Dos 30 minutos aos 41 minutos do 2º tempo, os comandados do técnico Ademir Fonseca construíram uma reação histórica. Saíram de 3 a 0 até então para 3 a 3 e garantiram a classificação nas penalidades.

O Ferroviário mostrou dentro de campo a recompensa de quem não desistiu. Mesmo quando tudo parecia perdido. O que acontecia no gramado até os 30 minutos do 2º tempo era o esperado. O Sport, time da elite do futebol brasileiro e favorito, vencia por 3 a 0 com o apoio dos seus torcedores.

O que ninguém esperava era a reação da equipe situada na Barra do Ceará e de torcedores fanáticos. O feito do Ferroviário passa por quatro personagens decisivos. Um deles atua fora das quatro linhas: o treinador Ademir Fonseca. Invicto desde que assumiu o time coral, o técnico não se intimidou diante do Sport e colocou o time pro tudo ou nada na retomada do 2º tempo.

Decisão arriscada que demorou para surtir efeito. Ademir lançou a campo o meio-campista Valdeci, o atacante Rodrigo Rodrigues e o lateral Emerson Santos. Saiu do esquema 3-5-2, que reforça o sistema defensivo com três zagueiros, para o 4-2-3-1, apostando nas jogadas ofensivas pelas laterais com os velocistas Valdeci e Andrei.

Após as alterações, o técnico viu o Tubarão, que já perdia por 1 a 0, levar mais dois gols devido a desatenções da zaga coral. Mas ainda havia espaço para outros personagens brilharem pelo Ferroviário: Valdeci, Mazinho e Bruno Colaço.

Valdeci, sempre incansável em campo, deu uma assistência para o primeiro gol de Mazinho. Depois, o próprio meio-campista balançou as redes do Sport, cravando o empate.

Nos pênaltis, o goleiro Bruno Colaço brilhou. Contestado por falhas no Campeonato Cearense, o arqueiro pegou duas penalidades e colocou o Tubarão na próxima fase da Copa do Brasil.

Para se ter uma ideia do feito do Ferroviário, a conquista sobre o Sport garantiu antecipadamente a folha salarial da equipe em 2018. O custo mensal do time é de R$ 200 mil. Juntando as cotas por ter chegado à terceira fase da Copa do Brasil, o clube da Barra do Ceará já embolsou R$ 2,5 milhões.

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