Com erro da arbitragem e atuação apática, Ceará perde para o Fluminense no Maracanã
Com o resultado negativo, o Alvinegro chegou à terceira derrota seguida na Série A e segue ameaçado pela zona de rebaixamento
Com um erro grave da arbitragem e uma péssima atuação em campo, o Ceará foi derrotado pelo Fluminense no Maracanã por 1 a 0, em duelo atrasado da 12ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Alvinegro chegou ao terceiro revés consecutivo no torneio e segue estagnado na tabela de classificação, na 14ª colocação, com quatro pontos de vantagem sobre o Vitória, primeiro time dentro da zona de rebaixamento.
O Ceará volta a campo no próximo domingo, 2 de novembro, para encarar novamente o Fluminense, desta vez na Arena Castelão, às 16 horas, pela 31ª rodada.
Fluminense 1x0 Ceará: o jogo
Antes de contar o que aconteceu em campo, com a bola rolando, é preciso destacar que o personagem principal do primeiro tempo – e de forma muito negativa – foi o árbitro Flávio Rodrigues. O juiz cometeu um erro crucial ao marcar um toque de mão inexistente do zagueiro Marllon, aos 25 minutos, o que gerou o gol do Fluminense, exatamente na cobrança da falta. O assistente, que estava de frente e próximo ao lance, não interveio.
O erro, consequentemente, impactou o roteiro da etapa inicial. Como a infração foi marcada fora da área, o VAR não pôde chamar o árbitro para revisão – algo que aconteceria caso fosse pênalti. Na cobrança, Renê, ao invés de tentar o cruzamento, finalizou na direção da meta alvinegra. Pedro Raul tentou cortar de cabeça, mas furou. O goleiro Bruno Ferreira não conseguiu defender, e a bola morreu no fundo da rede.
Essa situação – que causou revolta geral nos jogadores e na comissão técnica do Ceará – não apaga a péssima atuação dos comandados do técnico Léo Condé. Durante todo o primeiro tempo, o Vovô se mostrou extremamente passivo, sem intensidade alguma. As articulações, sempre lentas e com passes e movimentações previsíveis, tornaram a vida do sistema defensivo do Fluminense muito mais fácil.
Nem mesmo quando sofreu o gol proveniente de uma marcação equivocada de falta o Alvinegro mudou sua postura. O Vovô não obrigou o goleiro Fábio a fazer uma única defesa relevante em mais de 48 minutos de jogo. O Tricolor das Laranjeiras, vale ressaltar, também não fez grande partida: jogou o mínimo, o que já foi suficiente para controlar o time cearense com enorme tranquilidade.
Ainda no vestiário, Condé decidiu fazer duas alterações na equipe: Pedro Raul – em mais uma partida de desempenho abaixo – e Lourenço saíram para as entradas de Pedro Henrique e Richardson, respectivamente. Na prática, nenhum impacto significativo aconteceu no jogo inofensivo do Vovô. O Fluminense foi quem retornou melhor para a etapa final, mais incisivo e agressivo em busca do segundo gol.
Diante disso, o técnico alvinegro, aos 14 minutos, chamou Mugni e Aylon e tirou Vina e Galeano. Novamente, os jogadores que vieram do banco de reservas pouco mudaram a dinâmica ofensiva. O Ceará continuou com os mesmos problemas criativos e sem finalizar na meta defendida por Fábio. O Flu, por sua vez, com muita liberdade para trocar passes na intermediária do Vovô, seguiu sendo mais perigoso e objetivo.
Aos 30 minutos do segundo tempo, o Ceará ainda não havia chutado uma vez sequer ao gol. A postura inerte, sem demonstrar ambição pela vitória – ou pelo menos pelo empate – é inexplicável, já que o clube está longe de ter uma situação confortável na Série A. Pelo contrário.
No fim, pouco competitivo e sem demonstrar poder de reação, o Ceará foi derrotado de forma merecida – um revés que escancara o péssimo momento vivido pelo clube no Brasileirão. No domingo, novamente diante do time carioca, será preciso que o Vovô dê uma resposta imediata para afastar qualquer indício de crise e não entrar em um espiral negativo, logo agora, na reta final do certame.
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